sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Documento da Secretaria do Meio Ambiente mostra que Estado de SP terá conflito por água em 2020

Uma pesquisa da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo mostra que as bacias do Alto Tietê e dos rios Capivari, Jundiaí e Piracicaba serão palco de conflitos causados pela escassez de água no ano de 2020. Os setores industrial, agroeconômico e urbano vão entrar em disputa pelos recursos hídricos se não houver mudança no uso d’água dessas bacias. A previsão está no projeto “Cenários Ambientais 2020″, divulgado ontem (26) pela secretaria.

“A prospecção do conflito pelo uso da água está calcada nos usos múltiplos, tanto por atividades industriais, como para uso agronômico, como para uso urbano. A demanda por recursos hídricos tende a aumentar não só do ponto de vista inercial, mas a partir do crescimento da atividade econômica também cresce a demanda hídrica, você passa a ter um conflito não só entre bacias em função da transposição entre bacias, mas também entre os setores que usam aquele recurso hídrico”, destaca Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho, coordenador da área de Planejamento Ambiental da secretaria.

Atualmente, as bacias dos rios Capivari, Jundiaí e Piracicaba transpõem água para a Bacia do Alto Tietê, região bastante industrializada. A área do Alto Tietê, hoje, tem deficit de 80% de recursos hídricos, suprido, em parte, pelas águas transpostas pelo Capivari, Jundiaí e Piracicaba. “Quando os três começarem a demandar mais esse bem, ele tende a não transpor para o Alto Tietê”, explica Tércio.

O conflito em 2020 pelo uso de água nas bacias é considerado como um cenário de referência pela pesquisa, situação mais provável de ocorrer, de acordo com o estudo.

“O que temos que fazer para impedir isso é traçar políticas de economicidade dos recursos hídricos. Temos de ter uma estrutura de economia de água, como na construção civil sustentável, ter projetos com ciclos fechados industriais, seguindo a nova ecologia industrial”, ressalta Tércio.

Para a identificação dos cenários futuros foram consultados mais de 5 mil pessoas e 200 especialistas de diversas áreas. A condução do projeto esteve a cargo da Coordenadoria de Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente.

Reportagem de Bruno Bocchini, da Agência Brasil, publicado pelo EcoDebate, 27/11/2009

Visitem o blog da Destruição dos Manancias do Alto Tietê:

"http://averdadedorodoanel.blogspot.com"

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Custos Socioambientais encarecem obras em até 30%

Custo de obras sobe até 30% por causa de exigências ambientais
Rigor da legislação aumenta e torna cada vez mais complicada a
execução de projetos de infraestrutura

Renée Pereira
Estadão - 06/07/2009

O rigor dos projetos socioambientais virou questão fundamental para
que uma obra de infraestrutura se concretize no Brasil. Nos últimos
anos, com a maior pressão sobre o País em relação ao desmatamento, o
peso desses custos cresceu de forma significativa e alcançou níveis
recordes. Há casos em que os gastos chegam a bater 30% do valor total
do empreendimento. Na média, entre obras rodoviárias, hidrelétricas e
portuárias, o custo fica em torno de 15%.

"Daqui para frente, a tendência é essa conta ficar cada vez maior",
destaca o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício
Tolmasquim, responsável pelos estudos de viabilidade econômica e
social das próximas usinas que serão construídas no País nos próximos
anos. Para ele, o fato em si não seria problema se não houvesse o
atraso exagerado para concessão das licenças e a inclusão de uma série
de penduricalhos que encarecem a obra.

Além da pressão de ambientalistas do mundo inteiro e da sociedade, que
está mais consciente em relação ao meio ambiente, as instituições
financeiras têm elevado o grau de exigência para financiar projetos.
Outro fator que tende a aumentar os custos socioambientais é a
exploração da Região Norte do País, ainda bastante preservada em
relação ao resto do mundo, explica a advogada, especialista na área
ambiental, Renata Laborne, do escritório Azevedo Sette Advogados.

Para Renata, esse deslocamento tem colocado o Brasil no centro das
discussões. A pressão, diz ela, provoca um nível maior de exigência
para a implementação do projeto. "Hoje o nível de comprometimento e
requisitos no Brasil é mais alto do que em qualquer outro lugar no
mundo", destaca Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil,
representante dos investidores de energia.

Ele acabou de fazer um levantamento com usinas construídas (ou em
construção) no País e verificou que os empreendedores gastaram entre
11,8% e 29,3% do orçamento da obra com projetos socioambientais.

MACHADINHO

O porcentual inclui a compensação ambiental, de 0,5% do valor do
projeto, recuperação de áreas degradadas e devastadas, reassentamento
das comunidades atingidas pelas barragens e outros projetos, como
obras de saneamento, infraestrutura rodoviária e melhorias para a
população local.

A campeã do estudo foi a Hidrelétrica de Machadinho, construída no sul
do Brasil, cujos gastos socioambientais somaram quase 30% do valor da
obra, de R$ 1,15 bilhão. Parte dos recursos foi gasta com a
indenização de 1.272 propriedades afetadas pela usina. Outra parte foi
aplicada na construção de hospitais, obras de saneamento, áreas de
lazer, como um balneário de águas termais, e até uma igreja para a
comunidade. Além disso, foi replantada 1,1 milhão de espécies nativas.

Para o diretor de meio ambiente da Odebrecht, Sérgio Leão, o aumento
dos custos não representa problema quando todos os projetos estão
identificados nos estudos socioambientais. O que não pode, diz ele, é
a conta subir depois de iniciada a obra. Foi o que ocorreu na
Hidrelétrica Foz do Chapecó, também no sul do País e que entrará em
operação em 2010.

O diretor superintendente da empresa, Enio Schneider, explica que a
expectativa inicial era gastar entre 18% e 19% do orçamento com
projetos socioambientais. "Mas, com o andar da carruagem, esse número
subiu para 23%. Se a gente considerar apenas o custo de construção da
usina, sem seguros e custos de financiamento, esse número sobe para
33%."

O executivo destaca que a previsão era recuperar 1.200 hectares de
área degradada, antes usada pelos moradores para plantação. "Agora o
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) está pedindo 3 mil
hectares, sendo que a área de supressão vegetal é de 700 hectares."
Schneider, que já passou por outras construções, conta que no passado
o custo socioambiental não passava de 15%. "Na Usina Campos Novos, o
gasto representou 8%."

O diretor de negócios e responsabilidade social da franco-belga GDF
Suez (uma das sócias da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira), Gil
Maranhão, conta que esses custos proibitivos no sul do País pesaram
bastante na mudança do perfil das futuras hidrelétricas, que não terão
grandes reservatórios. Chamadas de usinas a fio d"água, elas alagam
menos e reduzem o impacto ambiental e o custo de assentamento dos
moradores. "Por outro lado, os projetos estão em áreas sensíveis,
carentes de infraestrutura."

Ele diz que, nas mega hidrelétricas, o porcentual do custo
socioambiental no total de investimento é menor, mas o valor é muito
maior. Na usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, por exemplo, os
gastos somam cerca de R$ 900 milhões - 78% do valor total gasto para
construir a Hidrelétrica de Machadinho.

O setor de transportes (estradas e portos) também embarcou no aumento
das compensações para tirar os projetos do papel. O trecho sul do
Rodoanel de São Paulo por exemplo custou, pelo menos, 20% a mais por
causa das exigências ambientais, diz o professor da USP, José
Goldemberg, ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, que liberou a
licença da obra.

O gerente de gestão ambiental da Dersa, Marcelo Arreguy Barbosa, diz
que o Estudo de Impacto Ambiental do trecho sul propôs uma série de
compensações ambientais que foram ampliadas pela secretaria.
"Prevíamos dois parques de 600 hectares para preservação. Isso foi
ampliado para quatro áreas de 1.200 hectares. O custo, de R$ 30
milhões, subiu para R$ 100 milhões." Também foi determinada a
construção de duas sedes para a polícia ambiental, com a compra de 3
lanchas, 31 viaturas e 8 motos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Rayovac as amarelinhas ainda no mercado.

A poucos anos era comum que indústrias se livrassem de seus rejeitos de formas variadas. Só para se ter uma idéia a indústria de pilhas Eveready, conhecida por “As Amarelinhas”, que se localizava na Via Anchieta, na Vila Guarani em São Paulo, tinha um poço bem fundo onde eram jogadas as pilhas rejeitadas pela inspeção de qualidade da empresa. Hoje nesse local existem prédios. Esse é só um exemplo, já que isso era prática comum das empresas. Eu mesmo, por volta de 1968, trabalhava na metalúrgica Asbrasil, em São Bernardo e tinha a tarefa de despejar produto químico (tricoletinelo), utilizado na ferramentaria para a lavagem de peças, num poço que ficava ao lado do Ribeirão dos Meninos, dentro do terreno dessa empresa. Era a política do gato, ou seja, enterrar e cobrir.

Infelizmente, hoje temos em todo o Brasil e em todo o mundo, principalmente nas cidades industrializadas, milhares de áreas contaminadas. O caso do Condomínio Barão de Mauá, localizado na cidade de Mauá, em São Paulo, onde milhares de pessoas residem sobre uma área contaminada pelos rejeitos da indústria Cofap, não é um fato isolado. Temos a área da Solvay, indústria química Belga, localizada às margens da represa Billings, no chamado “corredor polonês”, que abastece parte da Região Metropolitana de São Paulo, contaminada por caulim, um produto extremamente tóxico. Em Pilões, um bairro de Cubatão, localizado na Baixada Santista, temos enterrado toneladas de rejeito cancerígeno (Pó da China) descartado pela indústria francesa Rhodia. Em Pilões, os moradores que residiram sobre essa área tem a vida encurtada. Isso mesmo, os tumores aparentes destes moradores encurtam suas vidas. Na Vila Carioca temos o famoso caso da Shell, que contaminou toda a vizinhança de sua área de estocagem de combustível. Um caso gritante no ABC se localiza no Bairro Fundação, em São Caetano, onde a Matarazzo enterrou ao lado do Rio Tamanduateí toneladas de Hexaclorobenzeno, o famozo BHC, mais conhecido por “mata rato e pulgas” e mesmo sendo de conhecimento da Cetesb, a mesma nada faz para impedir que no local fosse construido um viaduto. Agora temos uma outra área industrial, antiga Cerâmica São Caetano, que vai se transformar num shopping.

Na Matarazzo de São Caetano ocorreu a 1ª morte no Brasil devido a contaminação industrial, por causa da manipulação desse produto que hoje se encontra enterrado no local. É evidente que outros milhares de trabalhadores já morreram por contaminação industrial, já que essa é uma morte lenta, todavia, o caso do operário morto na Matarazzo em São Caetano, foi comprovado judicialmente como morte por contaminação industrial.

Enfim, esse é um trabalho sério e árduo que precisa estar sendo sempre cobrado por parte da sociedade. No caso da Matarazzo, o próprio promotor de meio ambiente de São Caetano me disse pessoalmente que nada seria construído naquela área, o que não ocorreu e agora eu sou surpreendido com a atitude do Governo Estadual em conceder a cidade de São Caetano o diploma de Município Verde e Azul.

Poderia, ao meu ver, ser de qualquer cor, já que a reação química do solo desta cidade pode variar de cor. Durma-se com um barulho desses, ou com uma contaminação dessas.

José Contreras – Diretor do MDV – Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC

sábado, 5 de dezembro de 2009

Aplicativo lê código de barras e indica o nível de sustentabilidade do produto



Por: Guilherme Costa | Categoria: Comunicação, Curiosidades, Entretenimento, Equipamentos, Matérias, TI, Tecno-ecologia, Tecnologia | Tags: Eco-Tecnologia, Empresas Sustentáveis, Sustentabilidade, tecnologia, TI


Consumir de forma consciente nem sempre é fácil. Apesar das boas intenções, muitas vezes é difícil saber quais produtos na prateleira do supermercado são sustentáveis social, econômica e ecologicamente. Para resolver esses problemas o GoodGuide e a Apple criaram um aplicativo que utiliza o iPhone e o iPod Touch para ler o código de barras dos produtos e informar se ele é sustentável ou não.

O aplicativo identifica o produto e indica um número referente à classificação daquele produto segundo critérios como os impactos na saúde do consumidor, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social com todos os envolvidos na cadeia produtiva.

Tão simples como escanear um código de barras com um leitor comum, o aplicativo pode ler dados de produtos de limpeza e higiene pessoal, brinquedos e alimentos. Ao selecionar um produto os usuários recebem a pontuação relativa a ele, bem como informações como se ele causa algum tipo de problema de saúde, se gera lixo tóxico ou se a empresa possui políticas de inclusão social ou problemas trabalhistas.

“Ao tornar as informações sobre os produtos mais transparente, GoodGuide busca ajudar as pessoas a compram de forma mais atenta e motivar as empresas a oferecerem produtos cada vez melhores,” contam os responsáveis pela iniciativa.

Assim como no site do GoodGuide, as informações recebidas no aplicativo são baseadas em pesquisas científicas independentes de mais de 65 mil itens de consumo, além dos dados fornecidos pelas próprias empresas.

“O que nós pensamos ser sustentável hoje em dia são apenas miragens”, afirmou em entrevista ao The New York Times o autor do livro Inteligência Ecológica, Daniel Goleman. Ele, que trocou a marca de desodorantes e xampus por causa da iniciativa, destacou ainda que o projeto pode ”ter um efeito revolucionário na indústria e no comércio”, especialmente no que diz respeito à educação dos consumidores.

Apesar dos elogios, o diretor executivo da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial, John R. Ehrenfeld, ressaltou que é preciso ficar atento às informações. “Os consumidores precisam estar muito bem educados sobre o que esses dados significam e se eles irão servir ao propósito que a GoodGuide prega”, explicou também em entrevista ao The New York Times.

Para utilizar basta acessar o iTunes Store, instalar o aplicativo no iPhone ou iPod Touch e seguir o passo-a-passo indicado pelo programa. A boa notícia é que o aplicativo é gratuito e pode ser baixado em qualquer país. A má é que ele funciona apenas com produtos norte-americanos. Ainda assim, você pode instalá-lo e testar nas marcas internacionais que preenchem as prateleiras dos nossos supermercados.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O passivo ambiental

Aproxima-se a data para regularizar propriedades rurais, e o governo Lula já cogita novo adiamento na cobrança das regras

TORNOU-SE já consensual o objetivo de não repetir com as imensas florestas na metade do país que chamamos de Amazônia a experiência trágica da mata atlântica, reduzida a menos de 8% da área original. No entanto, não se encontrou ainda a fórmula capaz de conciliar preservação com a agricultura e a pecuária.

Em 2008, o agronegócio sustentou 36% das exportações brasileiras. Não se pode abrir mão desse resultado, nem pode ele servir de pretexto para que tratores e patas do gado arrasem as matas que a lei manda preservar.

Dá-se como certo que o Planalto adiará mais uma vez a aplicação de multas diárias de R$ 50 a R$ 500 por hectare para aqueles proprietários que não averbarem (fizerem anotar em escritura) suas áreas de reserva legal. A data-limite é 11 de dezembro.

Reservas legais são terrenos em que é obrigatório manter a cobertura vegetal nativa. Estão previstas no Código Florestal desde 1965, para que a preservação das matas do país não ocorra só em terras públicas ou unidades de conservação. A parcela da propriedade reservada varia: 80% em áreas com florestas na Amazônia Legal, 35% naquelas com cerrado na mesma região e 20% no restante. Não são intocáveis: o dono pode manejá-las, por exemplo, extraindo alguma madeira e frutos.

Para muitos proprietários, sobretudo na Amazônia, averbar a reserva legal significa reconhecer um grande passivo ambiental. O Código Florestal em vigor (lei nº 4.771, alterada por medida provisória em 2001) faculta-lhes três opções, ou uma mescla delas, para recompor a vegetação indevidamente derrubada: replantio de espécies nativas em um décimo da área a cada três anos; regeneração natural; compensação por meio de compra de área equivalente na mesma microbacia fluvial.

Apesar da flexibilidade, alguns donos de terras resistem à averbação. Preferem centrar fogo no improvável afrouxamento do código. Há quem proponha no Congresso, por exemplo, retroceder a reserva legal na Amazônia aos 50% que vigoravam antes de 2001. A reação da opinião pública -nacional e internacional- seria avassaladora se a proposta vingasse.

A averbação se tornou obrigatória em julho de 2008 e deveria vigorar em dezembro daquele ano. Foi adiada para o final de 2009. Acredita-se que será novamente adiada, talvez para junho de 2010 (embora pareça duvidoso que Lula vá hostilizar a base ruralista em ano eleitoral).

Dessa bancada no Congresso e até do Ministério da Agricultura surgem agora propostas para livrar da recomposição produtores que tenham desmatado sem amparo legal. É inaceitável. Muitos o fizeram justamente na expectativa de que a regra seria abrandada. Chegou o momento de estancar de vez essa torrente de risco moral, que só prejudica quem obedece a lei.

Outro alvo de inconformismo são as áreas de preservação permanente (APPs). Proprietários devem manter incólumes terrenos com corpos d'água, em topos de morros e em terrenos com mais de 45° de inclinação, entre outras situações.

Uma das funções das APPs é impedir a erosão. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) argumenta que, no caso dos cursos d'água, a extensão da faixa a preservar deveria ser determinada com base em critérios técnico-científicos, como a conformação geológica das barrancas, e não na largura do rio, como hoje. As normas mais específicas seriam objeto de legislações estaduais, aproximando-as das condições regionais, o que parece sensato (se não for pretexto para afrouxar as leis).

Pleiteia-se ainda computar a superfície das APPs para inteirar a reserva legal. Uma expectativa razoável, aliás contemplada pelo código em algumas situações. A lei também admite que órgãos ambientais reduzam a 50% a área de reserva legal a recompor, em propriedades da Amazônia com passivo ambiental, desde que haja indicação para tanto em zoneamentos agrícolas propostos pelos Estados.

O Ministério do Meio Ambiente cogita outras concessões. Uma delas seria criar "cotas" de reserva legal -o proprietário que dispusesse de mais do que o exigido poderia vender o excedente a outro. Alguns cultivos, como maçã, uva e café, seriam permitidos em encostas, consagrando áreas há muito cultivadas. A compensação poderia ocorrer fora da microbacia, se no mesmo bioma.

Alguns ambientalistas, contudo, se agarram a uma legislação que parece perfeita, ou quase, mas é descumprida por toda parte. Entre um fundamentalismo e outro avança a fronteira agrícola, de forma desordenada, abrindo caminho para o Brasil reeditar um roteiro de desenvolvimento insustentável que todos gostariam de arquivar para sempre.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0111200901.htm

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Agropecuária vira vilã das emissões de gases no Brasil

EDUARDO GERAQUE
da Folha de S.Paulo

O peso do setor agropecuário nas emissões de gases de efeito estufa do Brasil é muito mais relevante do que os dados oficiais mostram. Entre 1994 --ano do último inventário oficial de emissões brasileiras-- e 2005, o peso da agricultura e da pecuária aumentou 26,6%.

No mesmo período, a importância relativa do desmatamento, sempre considerado o grande vilão nacional quando o assunto é piora do efeito estufa, cresceu apenas 11%.
Rogério Cassimiro -10.jan.08/Folha Imagem
Peso do setor agropecuário nas emissões de gases de efeito estufa do Brasil é muito mais relevante do que os dados oficiais mostram
Peso do setor agropecuário nas emissões de gases poluentes do Brasil é muito mais relevante do que os dados oficiais mostram

"O Brasil está mudando seu perfil de emissões. Neste contexto, a pecuária começa a se tornar uma grande vilã", afirma Marcelo Galdos, do Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura), instituição ligada à Universidade de São Paulo.

Os dados de um estudo ainda inédito, que será publicado na edição de novembro da revista científica "Scientia Agrícola", foram apresentados na última sexta-feira em São Paulo. O grupo do Cena atualizou os dados setoriais apresentados em 1994. O governo federal está atualizando esse inventário, tendo como ano-base 2000, mas a publicação do material ficou só para o ano que vem.

Em termos relativos, o setor de "processos industriais" foi o que mais cresceu. Entre 1994 e 2005, a taxa é de 73,6%. "Mas cuidado com os números", diz Galdos. "Mesmo com o crescimento, em termos absolutos, o peso industrial ainda é baixo."

Ignorada

A importância do peso da agropecuária nas emissões brasileiras é ignorada até pelo Ministério do Meio Ambiente.

Na apresentação feita ao presidente Lula na terça-feira, para tentar alinhavar uma proposta para a reunião do clima em Copenhague (Dinamarca) em dezembro, a importância da agropecuária é considerada praticamente estável no período que vai de 1994 a 2020.

Nenhuma medida foi proposta para diminuir de forma efetiva as emissões da pecuária e da agricultura. Os alvos foram o desmatamento e o setor energético. Pelo estudo da USP, esse último, no mesmo período, cresceu apenas 4,3%.

Nas estimativas feitas pelo grupo da USP, a fermentação que ocorre no estômago dos bois é uma das maiores responsáveis pela emissão dos gases do efeito estufa do setor. O gado emite metano, gás-estufa 21 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2) na capacidade de reter na atmosfera o calor irradiado pelo planeta. Mas o manejo errado dos solos, sempre muito revolvidos, tem impacto quase tão grande quanto o dos bois.

"No caso da pecuária, muitas vezes se fala na questão do confinamento [dos animais], mas nem é muito isso", avalia Galdos. Segundo o pesquisador, o caminho para o setor diminuir suas emissões está muito mais no campo técnico.

Pelos estudos da equipe da USP, por exemplo, plantar cana-de-açúcar em áreas de pastagens degradadas é uma boa forma de reter mais carbono no solo. "Mas isso tem de ser muito bem feito. Não adianta nada trocar o pasto por cana e, ao mesmo tempo, empurrar o gado para a floresta e provocar mais desmatamento."

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ECO4PLANET


NOVIDADE: A partir de agora suas pesquisas no eco4planet se transformarão em árvores de verdade!

Mais e mais arvores! O nome originado em “Ecology for planet” faz cada vez mais sentido

Com o entusiasmo de um jovem de pouco mais de 1 ano de vida e a experiência de milhões de pesquisas e usuários, o eco4planet tem o prazer de anunciar que acaba de entrar em nova fase: a partir de hoje, suas pesquisas na Internet se transformarão em árvores (de verdade!).

E o que você precisa fazer? Apenas continuar pesquisando através do eco e compartilhar essa novidade com o maior número de pessoas, pois a cada 50 mil pesquisas uma muda vai pra terra.

Queremos deixar tudo claro (apesar do fundo escuro e do péssimo trocadilho) e por isso já respondemos às perguntas que você teria toda a razão em fazer:

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Por que plantar árvores?

Nossas ações diárias geram emissão de gás carbônico (dióxido de carbono ou CO2), seja na geração da energia elétrica que usamos em casa, no combustível do carro e também de forma indireta por todos os bens que consumimos cuja fabricação, transporte e armazenamento geram mais uma boa quantidade dos chamados “gases do efeito estufa”.

Plantar árvores tem como função neutralizar essas emissões pois em sua fase de desenvolvimento a árvore absorve CO2 da atmosfera e libera O2 (oxigênio) através da soma das atividades de fotossíntese e quimiossíntese. Ou seja, nossas amigas verdes são verdadeiros filtros de ar, tão necessários para a atmosfera.

E não para por aí, árvores servem de moradia e sombra para diversos animais, evitam o deslizamento de terras, controlam a salinidade do solo e são extremamente importantes para o controle da umidade e temperatura do planeta.

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Quantas árvores serão plantadas?

Como foi dito, uma árvore a cada 50 mil pesquisas totais, ou seja, não apenas pesquisas suas, mas de todos os visitantes. A quantidade então varia de acordo com o número de pesquisas registradas no site, número esse que você pode acompanhar no rodapé da página principal e dos resultados de pesquisas. Quanto mais pesquisas, mais árvores, então se ainda não o faz, passe a usar o eco4planet como seu mecanismo de buscas padrão, página inicial e divulgue a quantas pessoas puder para que esse número aumente cada vez mais!

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Onde as árvores serão plantadas?

Os plantios ocorrerão inicialmente no interior do Estado de São Paulo, principalmente na cidade de Ribeirão Preto, e poderão se expandir para outras regiões em uma segunda etapa conforme surgirem parcerias e convites.

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Quem efetuará o plantio e quando?

Nós! Sim, colocaremos a mão na terra massa com o apoio de estudantes e biólogos para a escolha das mudas, locais e para o plantio propriamente dito, que deverá ocorrer mensalmente sempre em quantidade referente às pesquisas do mês anterior.

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Como terei certeza de que as árvores estão sendo plantadas?

Informaremos por Twitter a data, hora e local de cada plantio e você está convidado a vir conosco, e é claro, faremos fotos e se possível vídeos para postar aqui no Blog.

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Posso criar um programa para pesquisar muitas vezes e assim plantar mais árvores?

Isso não daria resultado pois nosso sistema de contagem ignora pesquisas repetidas ou em quantidade anormal. Lembre-se, a melhor forma de colaborar e usando sempre o eco4planet quando for realizar uma pesquisa e principalmente indicando ao máximo possível de pessoas.

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Como posso contatar a administração do eco4planet?

Para você ou sua empresa contatar-nos a fim de realizar parcerias, enviar sugestões, ou outros interesses em contato (que não sejam dúvidas já que para isso basta usar os comentários aqui do blog), acesse o formulário.

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Desta forma, somando à economia de energia ao buscar com o eco4planet por apresentar fundo preto no lugar do tradicional fundo branco, aos wallpapers com temática escura e a todas as dicas, informações e notícias trazidas por este blog, esta iniciativa complementa nosso compromisso de apresentar a solução de buscas mais ecologicamente completa, e nos orgulhamos disso e você que faz parte dessa história, deve se orgulhar também.

E como sempre: boas pesquisas!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ecofont

Está disponível para todos os usuários da rede interna da Advocacia-Geral da União a EcoFont, estilo de fonte desenvolvida especialmente para economizar tinta nas impressões (o nome completo da fonte é [WINDOWS-1252?]“Spranq eco [WINDOWS-1252?]sans”).

Proposta pela Comissão A3P-AGU (Agenda Ambiental da Administração Pública), a utilização da fonte foi viabilizada em larga escala pela Gerência de Tecnologia da Informação (GTI), mediante ferramenta que já a inseriu em todos os computadores do país.

A iniciativa está descrita no sítio www.ecofont.eu. Trata-se de fonte Open Source, sem restrições comerciais de uso. Pode ser usada em [WINDOWS-1252?]PC’s e [WINDOWS-1252?]MAC’s.

A idéia foi a de incluir pequenos círculos dentro dos traços que formam as letras, que não são preenchidos com tinta quando impresso o documento. A fonte tem uma proporção diferenciada (o tamanho 10 da EcoFont equivale ao tamanho 12 da Times New Roman).

Testes conduzidos pela GTI demonstraram que na impressão praticamente não há perda de qualidade, embora na tela as diferenças sejam perceptíveis. Aferições precisas indicaram os seguintes resultados:

tabela

Nota-se que, em relação à Times New Roman, tamanho 12, a EcoFont, tamanho 10 (dimensões equivalentes), utiliza aproximadamente 12% a menos de tinta. Em comparação com a fonte Arial, tamanho 11, a economia aumenta para 26%.

O gasto anual da AGU com tonners somou aproximadamente R$ 4 milhões em 2008. A economia de 12% acima referida significaria economia de meio milhão de reais, além de minorar efeitos nocivos ao meio ambiente.

Se você deseja tornar a EcoFont sua fonte padrão, veja os tutoriais constantes do endereço www.agu.gov.br/ecofont. No mesmo local é possível baixar a fonte para uso em outros computadores.

Dúvidas podem ser esclarecidas por meio do endereço tecnologia@agu.gov.br ou pelo telefone (61) 3105-8001.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ser sustentável é economicamente rentável

Por Cristina R. Wolter Sabino de Freitas


Observa-se hoje em dia que o tema Sustentabilidade Ambiental está em voga, estando as grandes empresas cada vez mais engajadas e interessadas em manter uma conduta ambientalmente correta, não obstante serem algumas delas extremamente degradadoras em seus segmentos.

Primeiramente devemos esclarecer que é impossível o desenvolvimento econômico sem atividades que deixem o meio ambiente completamente intacto, respeitando seu status quo ante. O que se busca na verdade é a geração do menor impacto possível ou a adoção de meios que possibilitem mitigar os danos inevitavelmente causados ao meio ambiente. Nessa linha, uma preocupação inicial é o retorno financeiro da adoção de “social e ambientalmente corretos”.

No entanto, devemos esclarecer que atualmente, as empresas que têm adotado os critérios de desenvolvimento sustentável estão começando a perceber que poderão, em médio prazo, ser economicamente mais bem-sucedidas. Estudos feitos comprovam que a movimentação de valor de mercado de empresas recomendadas por investimentos de sustentabilidade tem superado o valor de mercado de empresas que não possuem essa visão.

Conforme a área de sustentabilidade da Phillips, “Uma boa performance em sustentabilidade resulta em melhor desempenho financeiro”(1) . Empresas de lucratividade podem ter incorporado padrões ambientais, individuais e sociais elevados e beneficiar a comunidade em que estão inseridas. Baseado nessa nova ideia, o mercado mundial criou alguns índices que medem o grau de comprometimento das empresas com a sociedade.

Estes índices garantem aos investidores que as empresas podem gerar valor de longo prazo, pois têm mais possibilidades de enfrentar riscos gerados por problemas ambientais, econômicos e sociais, entre outros. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Bolsa de Nova York, Dow Jones, criou em 1999, o Índice Mundial Sustentabilidade Dow Jones - DJWSI – Dow Jones World Sustainability Índex. Na Inglaterra a Bolsa de Londres criou, em 2001, o FTSE4Good. Em dezembro de 2005, a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa) apresentou o Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial — ISE. O ISE, como os demais índices de sustentabilidade internacionais, tem por objetivo a criação de um ambiente de investimento que se preocupe com as necessidades atuais voltadas ao desenvolvimento político, econômico, social e ambientalmente sustentável.

Referidos índices servirão para dar suporte aos stakeholders para melhor entender e distinguir as empresas que estejam comprometidas com a sustentabilidade, diferenciando- as em termos de qualidade, nível de compromisso, transparência, desempenho dentre outros fatores relevantes para investidores com preocupações éticas. (2)

Esses índices ainda poderão auxiliar os grupos empresariais a evitarem desperdícios nos seus sistemas de produção e ter maior proteção aos direitos socioambientais, gerando, ao mesmo tempo, mais valor, mais riqueza e mais lucro. Igualmente, os índices que medem os critérios de sustentabilidade podem servir como sinalizadores, guiando os grupos empresariais a respeito das novas tendências para a construção de uma economia mais eficiente, com melhor utilização dos recursos naturais, que gerem menos impacto ao meio ambiente, bem como à sociedade. Essa é mais uma prova de que, ao contrário do que se pensava antigamente, preservar o meio ambiente pode ser uma atividade economicamente rentável.



Referência

1. www.sustentabilidad e.philips. com.br
2. http://www.institut oatkwhh.org. br/compendio/ ?q=node/43


Cristina R. Wolter Sabino de Freitas é advogada no escritório Miguel Neto Advogados Associados
Revista Consultor Jurídico, 22 de agosto de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Disque Ambiente tem aumento de 58% no número de ligações

Foram mais de 4 mil ligações em junho; saiba como ajudar a combater crimes ambientais

Atualizado em 27 de julho às 16h15

Todo cidadão que presenciar crimes ambientais, como desmatamentos, queimadas, tráfico de animais silvestres, poluição do ar e emergências químicas, deve ligar para o Disque Ambiente (0800-113560) - o canal de denúncias e informações da Secretaria do Meio Ambiente.

Criado há mais de 10 anos, a média de atendimentos é de 3 mil ligações por mês. Com a campanha de divulgação realizada durante a Semana do Meio Ambiente (entre os dias 2 a 5 de junho), o número de ligações cresceu 58% na comparação com o mês de maio. Em junho, foram registradas 4.686 ligações.

A maior parte delas (51%), foram solicitações de informações sobre o meio ambiente. Na sequência, ficaram denúncias por emissão de fumaça (17,4%), supressão da vegetação, tráfico ilegal de animais silvestres e ocupações irregulares em área de proteção (6,3%) e poluição (4%).

Atendimento 24 horas

O Disque Ambiente foi aperfeiçoado em setembro do ano passado. Agora, o 0800 funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O atendimento é feito por especialistas da área ambiental e com um menu simplificado, para não confundir a pessoa que faz a denúncia.

Atualmente, 25 funcionários atendem às ligações. O denunciante que quiser se identificar pode acompanhar o caso. Ele recebe em casa uma correspondência esclarecendo os resultados da denúncia, que é encaminhada para os órgãos vinculados à Secretaria, como a Polícia Militar Ambiental, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN).

Um dos objetivos da Secretaria é ampliar a divulgação do canal de denúncias e, com isso, aumentar a participação da sociedade para combater os crimes ambientais. Com a atual infraestrutura, o Disque Ambiente tem capacidade operacional para atender até 12 mil ligações todos os dias.

Da Secretaria do Meio Ambiente

sexta-feira, 10 de julho de 2009

SP estuda importar água do Paraíba do Sul

Comitê começa a debater hoje proposta de construir adutora que comporia o abastecimento na Grande SP

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com disponibilidade de água comprometida na região metropolitana de sua capital, São Paulo estuda importar água do rio Paraíba do Sul, que abastece ainda Rio e Minas. O comitê paulista da bacia começa a debater oficialmente hoje a proposta de transferir água do rio, a partir da região de Jacareí.
A transposição, conforme estudos em andamento, é possível com a construção de uma adutora até a represa do Jaguari, que compõe o sistema Canteira, o principal da Grande SP.
O comitê, composto por Estado, prefeituras e sociedade civil, é o primeiro órgão a discutir a transposição, com volume mínimo de 5.000 litros por segundo, suficiente para abastecer 2,5 milhões de pessoas por dia.
Hoje, o Paraíba do Sul -que cruza SP, MG e RJ- já sofre uma transposição de 40% de suas águas, que depois chegam ao rio Guandu, principal manancial da região metropolitana do Rio. Cerca de 14,2 milhões de pessoas, somados os 8,7 milhões de habitantes do Grande Rio, servem-se do rio.
São Paulo já importa da bacia do Piracicaba metade da água que usa e, diante da queda da oferta das fontes disponíveis, o governo contratou uma empresa para estudar a exploração de outros mananciais.
A secretária Dilma Pena (Energia e Saneamento, pasta que tem assento no comitê) diz considerar o início da discussão "precipitado" porque o estudo não terminou. "O Paraíba do Sul existe dentro de um rol de alternativas. Nem sei de quanto [volume de transposição] poderia ser. É uma especulação."
A questão da transposição -a mais conhecida no Brasil envolve o rio São Francisco- é polêmica, ainda mais por envolver três Estados, avalia Benedito Braga, presidente do International Hydrologic Programme da Unesco e diretor da ANA (Agência Nacional de Águas).
"Toda transposição é problemática e essa suscitará muito debate. Mas, em situação de escassez, deve-se ter uma visão compartilhada." A polêmica se dá, diz, porque se retira água de uma bacia para levar a outra, baixando o volume do rio.
Para a secretária de Meio Ambiente fluminense, Marilene Ramos, a medida só é viável se não comprometer a qualidade da água retirada para abastecer o Grande Rio, que tem grande dependência do manancial.
A água perde qualidade após o ponto de transposição porque, com menos volume, fica difícil a dispersão de esgoto. "O que não pode é afetar a transposição para o [rio] Gandu, vital para o Rio", disse Ramos, que ainda preside o Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
Para que a Sabesp faça a transposição, o pedido terá de passar pelo aval da ANA.
O estudo envolve ainda ao menos três regiões: mananciais no Vale do Ribeira; o rio Tietê (represa de Barra Bonita); e o aquífero Guarani, em Botucatu.
Essas outras opções têm desvantagens, em razão da distância e da necessidade de bombeamento de enorme volume de água até a Grande São Paulo.
Já a represa do Jaguari fica a poucos quilômetros do Paraíba do Sul, que hoje tem água de sobra, conforme a ANA.

terça-feira, 30 de junho de 2009

BNDES agora refloresta

O DIA
(http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2009/6/bndes_agora_refloresta_20438.html)

Banco de fomento investe pela primeira vez na área ambiental em ações
de restauração da Mata Atlântica. Fundo destina R$ 15 milhões a
projetos de flora, fauna e populações

Rio - Extremamente reduzida, especialmente por ações de desmatamento a
partir do Século XX, a Mata Atlântica — floresta tropical entre as
mais ameaçadas do globo e com ecossistema abrigando uma das maiores
biodiversidades do planeta — ganhou aliado de peso, ao menos no
Brasil. Pela primeira vez em sua história, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir em projetos de
reflorestamento dessas áreas — iniciativa que inaugura a intervenção
da instituição na área ambiental.

Inicialmente, serão concedidos R$ 15 milhões, a título de fundo
perdido, a projetos de recuperação dessas faixas verdes em todo o
País. Os recursos são originários do Fundo Social do banco (composto
por parte do lucro da instituição), criado há 13 anos para ser
aplicado em ações sociais e, agora, também no meio ambiente. “É um
projeto bastante ambicioso, que vai ao encontro da política de
promoção da sustentabilidade socioambiental do banco”, destaca Eduardo
Bandeira de Mello, chefe do Departamento de Gestão do Fundo Amazônia e
da área de Meio Ambiente.


Bromeliaceae Endêmica: Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro.
Foto: Carlos Moraes / Agência O DiaAs inscrições prévias estão abertas
e vão até 1º de julho. Podem participar da seleção instituições de
direito público ou privado sem fins lucrativos. Segundo Bandeira de
Mello, para entrar na concorrência, é preciso que o projeto apresente
condições de sustentabilidade e viabilidade econômica compatível com
os resultados possíveis de serem alcançados no sítio a ser restaurado.

O objetivo é fomentar a proteção, conservação e utilização do Bioma
Mata Atlântica, com valorização da biodiversidade — especificamente,
vegetação e fauna, com casos de espécies ameaçadas, e regime hídrico.
E pretende ainda estimular pesquisas; difundir tecnologias de manejo
sustentável da vegetação; conscientizar sobre a preservação e
recuperação; e incentivar atividades compatíveis com o equilíbrio
ecológico e formas sustentáveis de ocupação rural e urbana.

Os principais alvos são matas ciliares (ao redor dos rios) em áreas de
preservação permanente, em terras públicas ou privadas e de regiões em
Unidades de Conservação da Natureza de posse e domínio públicos. A
extensão das áreas, por projeto, deve ser de, no mínimo, 50 hectares e
máximo de 500. A meta é que sejam reflorestados mil hectares na
primeira fase do programa, implementada neste ano.
Para mais informações: www.bndes.gov.br/linhas/mata_atlantica.asp.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mês da Mobilização da Juventude pelo Meio Ambiente





O Mês da Mobilização da Juventude pelo Meio Ambiente é uma ação conjunta dos Ministérios da Educação, do Meio Ambiente e da Secretaria Nacional de Juventude, juntamente com a REJUMA (Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade) e os Coletivos Jovens de Meio Ambiente.

Visa o envolvimento de jovens de todo o Brasil na elaboração coletiva de diretrizes para as Políticas Públicas de Juventude e Meio Ambiente por meio de um processo amplo de aprendizagem e intervenção. Objetiva gerar um processo de participação com vistas à mobilização, fortalecimento e instrumentalização de jovens em todo o Brasil para o enfrentamento da crise socioambiental local e planetária.

A melhor forma encontrada para isso foi estimular e apoiar a realização de eventos de diversas naturezas, mas com a mesma temática, em todo o território nacional. Eventos de pequeno, médio e grande porte. De pequenas reuniões, mutirões, grupos de estudo até Encontros Estaduais e Nacionais de Juventude e Meio Ambiente. O importante é que as ações e os produtos alcançados sejam amplamente comunicados com grande fluxo de troca de informações.

O Mês da Mobilização tem como base a espontaneidade de participação dos jovens interessados e envolvidos com as questões socioambientais, de modo que, em aspectos metodológicos, pretende ser o mais livre possível, adquirindo diversas identidades locais e temáticas.

Para tal, esta participação é alinhada por perguntas estimuladoras e orientadoras, bem como por um sistema virtual de compartilhamento de informações: o website http://www.juventudepelomeioambiente.org.br/

As etapas para a participação no Mês da Mobilização da Juventude pelo Meio Ambiente são:

1 - Auto-declaração e Identificação – Na página virtual (http://www.juventudepelomeioambiente.org.br/) o indivíduo ou grupo inscreve sua ação no Calendário do Mês da Mobilização.

2 – Mobilização – Organização e realização de encontros e ações orientadas pelo texto base e perguntas estimuladoras.

3 – Compartilhamento e encaminhamento dos produtos – Os participantes sistematizam e enviam seus relatos, que ficarão acessíveis a todos os participantes.

Estes produtos serão as bases para a construção das diretrizes para o Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente.

Ao final do Mês da Mobilização, teremos um mapa de todos os trabalhos cadastrados e portanto um retrato da juventude que trabalha pelo meio ambiente no Brasil.

Assim, convidamos as Agendas 21 Locais a visitar o site e participar deste movimento uma vez que congregam as juventudes locais e possuem saberes de extrema relevância para o processo em curso: a elaboração de diretrizes para políticas de juventude e meio ambiente para a construção de sociedades sustentáveis.

Contamos com a participação de sua Agenda 21 Local e nos colocamos à disposição em caso de quaisquer dúvidas que possam surgir.

Atenciosamente,

Adriane Goldoni
Agenda 21/DCRS/SAIC/MMA
(61) 3317-1462

sábado, 13 de junho de 2009

Sete em cada dez brasileiros consideram madeireiros e fazendeiros os ma

Opinião Pública - 05/06/2009

Os madeireiros e os fazendeiros são os maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, segundo a opinião de 72% e 68%, respectivamente, dos brasileiros com 16 anos ou mais. É o que revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 a 28 de maio de 2009, e que ouviu 5.129 pessoas.

A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os políticos, na estância do governo federal (63%), e o Congresso Nacional – deputados e senadores (61%), também têm muita responsabilidade.

Entre os que atribuem muita responsabilidade aos madeireiros, destacam-se os brasileiros com renda mensal entre cinco e dez salários mínimos e os que residem em Porto Alegre (81% de cada), os mais escolarizados (85%) e os que declaram intenção de votar em Dilma Roussef para presidente em 2010, com taxas entre 77% e 79%. Fica acima da média entre os moradores da região Sul do país os que responsabilizam principalmente os fazendeiros (75%).

Já, entre os que atribuem muita responsabilidade pelo desmatamento da Amazônia, tanto ao governo federal quanto ao Congresso, ficam acima da média os homens (em média 66%, em relação a ambos os atores políticos), os que declaram intenção de voto em Dilma Roussef para presidente (67%), os que têm maior renda familiar (no mínimo 75% atribuem-lhes muita responsabilidade), os brasileiros com curso superior (77%, no mínimo), os que moram em Porto Alegre (78% ao governo federal e 73% aos deputados e senadores), além dos que residem em regiões metropolitanas e capitais (69% aos primeiros, e 66% aos últimos).

Os entrevistados também foram questionados sobre a responsabilidade dos índios e de ONG’s pelo desmatamento.

Os nativos têm muita responsabilidade segundo 38%, ante 26% que acham que eles têm pouca responsabilidade, e outros 29%, que os consideram sem responsabilidade nenhuma pelo fato. Já, em relação às ONG’s, 40% acham que elas têm muita responsabilidade, outros 28% consideram que elas são um pouco responsáveis pelo que ocorre na Amazônia, e 21% acham que não têm nenhuma participação.

No geral, o desempenho do presidente Lula em relação ao meio-ambiente é ótimo ou bom para 47%, regular para pouco mais de um terço (36%), e ruim ou péssima na opinião de 13%.

Os mais escolarizados (22%) e os que têm renda familiar acima de dez salários mínimos (27%) destacam-se entre os críticos da atuação de Lula nessa área. Não sabem avaliá-lo, 3%.


São Paulo, 1 de junho de 2009.


fonte:http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=891

"Pare de tentar salvar o planeta!"

Quantas naturezas?
O planeta que tantos querem salvar tem sido usado pelas sociedades há milênios e, se há salvação, ela virá de administrar nossa presença na Terra

Por Flavia Pardini


"Pare de tentar salvar o planeta!", foi o grito que se ouviu recentemente na blogosfera. Veio de Erle Ellis, ecólogo da Universidade de Maryland, Baltimore County. "A natureza não existe. Deixou de existir antes que você nascesse, que seus pais nascessem, antes que os primeiros colonizadores chegassem, antes que as pirâmides fossem construídas. Você vive em um planeta usado", disparou em artigo na revista Wired.

Faz sentido para quem conhece um pouco do trabalho de Ellis, um dos autores do mapa que redesenha os biomas do mundo de acordo com a densidade populacional e o uso da terra (mais na edição 18 de Página22), e adepto da ideia de que vivemos no Antropoceno - época geológica marcada pelos impactos do homem sobre o planeta e os ecossistemas. As evidências, cita Ellis, incluem o desaparecimento de espécies animais importantes em todos os continentes há mais de 5 mil anos, a queima ou o corte pré-histórico de florestas hoje consideradas intocadas, como a Amazônia, e alterações provocadas no clima desde o início da agricultura, há mais de 7 mil anos.

"Para o Bem ou para o Mal, a natureza há tempos é aquilo que fizemos dela e o que vamos fazer", escreve Ellis, frisando que é preciso engavetar o bordão sobre salvar o planeta. Salvá-lo de quem? "Ao contrário, é mais do que tempo de salvar a nós mesmos - mas não da natureza." Ele defende o que chama de "pós-naturalismo", um ambientalismo otimista, que se desacopla da ideia da natureza intocada e aceita não só a influência humana, mas a noção de que o Homo sapiens não vai desaparecer tão cedo do planeta. Se há algo a salvar, parece dizer Ellis, é a boa vida que levamos no planeta hoje - ou pelo menos alguns de nós.

As opiniões do ecólogo - ele recomenda que os leitores visitem o zoológico, "o lugar mais diverso que já existiu na Terra" - provocaram uma chuva de comentários nos sites da Wired e do grupo de pesquisa coordenado por ele. Talvez as tintas com que Ellis pintou seu pós-naturalismo sejam pós-modernamente exageradas - seguindo a linha de que o ambientalismo morreu -, mas seu grito reflete a compreensão em certos círculos acadêmicos de que a via a seguir é "administrar" as interferências humanas na natureza - tarefa não só para as ciências naturais, mas principalmente para as ciências humanas.

Nos últimos 50 anos, o ritmo de mudança- com o crescimento da população, diversos usos do solo e as alterações climáticas - acelerou-se a ponto de que hoje estamos em "território desconhecido", diz o ecólogo australiano Richard Hobbs. No passado, a ecologia estudava como as coisas funcionavam na natureza e a conservação tentava mantê-las como eram. "É cada vez mais impossível manter as coisas como são", afirma. Em 2006, Hobbs cunhou o termo "novos ecossistemas" para designar sistemas naturais em que novas combinações de espécies animais ou vegetais surgem como consequência da ação humana, da mudança ambiental e da introdução de espécies de outras regiões. Hoje ele e outros pesquisadores dedicam-se a estabelecer princípios para manejar os "novos ecossistemas". "A primeira coisa é preservar os ecossistemas 'selvagens', da melhor maneira possível", diz. "Mas há a questão de como preservar estas áreas com toda a mudança que ocorre em volta."

Em algumas searas da vida humana, entretanto, parece haver imunidade à mudança. O exemplo mais gritante são os economistas, seu apego ao growth as usual e à falácia de usar o PIB para medir o bem-estar humano. Não é possível, aponta o economista Frank Ackerman, que as mudanças climáticas sejam ameaça fundamental às condições que sustentam a vida humana - como percebem os cientistas naturais - e, ao mesmo tempo, um pequeno enigma de política econômica a ser solucionado com um ajuste nos impostos - como defendem os economistas.

O físico Hans Joachim Schellnhuber, do Instituto para Pesquisa dos Impactos Climáticos em Potsdam, Alemanha, estimou recentemente que 90% da pesquisa necessária terá de vir das áreas sociais, pois, enquanto os cientistas naturais podem descrever as conseqüências das mudanças globais e apontar soluções tecnológicas, não são capazes de provocar a transformação social e econômica necessária em um curto espaço de tempo.

Além do econômico, há desafios a serem enfrentados em vários outros campos, da política à comunicação e à psicologia, além de quebrar as amarras que mantêm estanques as disciplinas "humanas" e "naturais". Se o pós-naturalismo de Erle Ellis é mais um alerta de que é impossível manter a natureza separada do homem, o próximo passo talvez seja esquadrinhar o homem, sua mente, suas sociedades e as naturezas que cria.

Fonte:
http://www.pagina22.com.br/index.cfm?fuseaction=artigoEnsaio&id=578

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Biodiesel de abacate

Por Jussara Mangini

Agência FAPESP – O abacateiro pode ser uma nova alternativa para a
produção de biodiesel, de acordo com estudo realizado por
pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Segundo eles, o abacate apresenta vantagem em relação a outras
oleaginosas estudadas ou usadas para a produção de biocombustível,
como a soja. O motivo é que do mesmo fruto é possível extrair as duas
principais matérias-primas do biodiesel: óleo (da polpa) e álcool
etílico (do caroço).

“O objetivo principal da pesquisa era a extração do óleo para produção
de biodiesel. Mas, ao tratarmos o resíduo, que é o caroço, conseguimos
obter álcool etílico. Isso, por si só, é uma grande vantagem, já que
da soja é extraído somente o óleo e a ele é adicionado o álcool
anidro”, explicou Manoel Lima de Menezes, professor do Departamento de
Química da Faculdade de Ciências da Unesp, em Bauru, e coordenador da
pesquisa que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa –
Regular.

O Brasil é o terceiro produtor mundial de abacate, com cerca de 500
milhões de unidades produzidas por ano. Cultivado em quase todos os
estados, mesmo em terrenos acidentados, a produção se dá o ano todo,
com 24 espécies que frutificam a cada três meses.

Não são todos os óleos vegetais que podem ser utilizados como
matéria-prima para produção de biodiesel, pois alguns apresentam
propriedades não ideais, como alta viscosidade ou quantias elevadas de
iodo, que são transferidas para o biocombustível e o tornam inadequado
para o uso direto em motor de ciclo diesel.

Segundo Menezes, o teor de óleo do abacate varia de 5% a 30%. As
amostras coletadas na região de Bauru (SP) apresentaram, no máximo,
16% de teor de óleo. “Esse índice é similar ao teor de óleo da soja
que, na mesma região, é de 18%”, comparou.

“Teoricamente, é possível extrair de 2,2 mil litros a 2,8 mil litros
de óleo por hectare de abacate”, disse. O número é considerado por ele
elevado quando comparado com a extração de outros óleos: soja (440 a
550 litros/hectare), mamoma (740 a 1 mil litros/hectare), girassol
(720 a 940 litros/hectare) e algodão (280 a 340 litros/hectare).

Já o caroço do abacate tem 20% de amido. Com base nesse percentual,
estima-se que seja possível extrair 74 litros de álcool por tonelada
de caroço de abacate. Valor próximo ao da cana-de-açúcar, que
possibilita a extração de 85 litros por tonelada, enquanto a mandioca
fornece 104 litros por tonelada.

Apesar da enorme disponibilidade do fruto no Brasil, o óleo do abacate
ainda é importado, pela falta de tecnologias adequadas para o
processamento. O principal obstáculo para obtenção do óleo é o alto
teor de umidade – o abacate tem 75% de água, em média –, que afeta o
rendimento da extração. Esse foi um dos desafios que a pesquisa se
propôs solucionar: aperfeiçoar as metodologias de extração para obter
melhor rendimento.

Extração do óleo

De todos os métodos estudados pelo grupo orientado por Menezes, o
melhor resultado foi obtido com a desidratação. Foi desenvolvido um
forno rotativo, com ar quente e, após a secagem, a polpa foi moída e
colocada na prensa, seguida do processo de suspensão com solvente. A
partir desse momento, foi transferida para uma centrífuga de cesto,
desenvolvida pelo grupo. “Com a força centrífuga, a polpa fica bem
seca e o rendimento melhora”, observou Menezes.

Da extração do óleo, passou-se para a produção do biodiesel, o que
inclui uma etapa de purificação. Uma vez purificado, foi feita a
síntese do biodiesel, já com o método tradicional utilizado
atualmente, que é a reação por transesterificação (conhecido como
método Ferrari), seguido pela caracterização por cromatografia gasosa.

Essa é a técnica exigida pela ANP 42, regulamentação da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis que define a
caracterização e avaliação da qualidade do produto obtido e deve ser
seguida pelos mercados comprador e fornecedor.

O primeiro estudo feito com o caroço foi a hidrólise enzimática, com a
qual se obteve rendimento baixo, de cerca de 24 litros por tonelada.
Agora, os pesquisadores estão iniciando uma nova etapa, que é a
hidrólise alcalina e/ou ácida sob pressão, seguida por hidrólise
enzimática para melhorar o rendimento.

Grande parte dos parâmetros físico-químicos está de acordo com as
exigências da regulamentação ANP 42, com exceção do teor de glicerina
total e acidez, que ficaram um pouco acima, segundo Menezes.

Os teores de enxofre, fósforo e sódio não foram determinados nessa
etapa do projeto devido à dificuldade em encontrar laboratórios para
executar os ensaios. Esses são aspectos que a pesquisa continuará
analisando para que fiquem totalmente compatíveis com os parâmetros da
ANP 42.

“Nosso objetivo é propor o emprego da técnica de espectrofotometria de
absorção atômica, empregada na determinação de metais e desenvolver
uma nova metodologia que possa ser adaptada para análise do fósforo”,
disse.

Como os demais resultados obtidos estão em conformidade com a
regulamentação, os pesquisadores consideram que a metodologia
empregada é adequada para realizar a síntese do produto.

Viabilidade econômica

Segundo o estudo feito na Unesp, as características do biodiesel do
óleo de abacate são bastante semelhantes às verificadas com o
biodiesel de soja, com exceção da coloração, que é esverdeada,
diferente do amarelo no caso da soja. Mas isso não afetaria a
qualidade.

“Na análise de carbono, a clorofila não alterou o resíduo de carbono
que a norma estabelece. Ficou abaixo. Portanto, nesse caso, a cor não
interfere na qualidade, é mais uma questão de aparência. Clarificar,
portanto, é opcional, diferentemente da aplicação medicinal, em que
clarificar levaria à perda de propriedades medicinais, ao passo que a
coloração escura não tem apelo comercial na produção de cosméticos”,
disse Menezes.

A viabilidade econômica do biodiesel de abacate não foi foco dessa
etapa do estudo nem é a especialidade desse grupo de pesquisa, segundo
o coordenador. O custo do biodiesel ainda é alto. Produz-se óleo de
soja a um custo de R$ 1,20 o litro. O álcool anidro para adicionar é
comprado a R$ 0,74 o litro. O abacate tem a vantagem de oferecer as
duas matérias-primas e, por enquanto, a um custo mais baixo que o da
soja, segundo Menezes.

A extração do óleo e álcool do abacate ainda demanda investimentos em
equipamentos. De acordo com o professor da Unesp, é necessário estudar
o desenvolvimento de um despolpador – para separar a polpa do caroço –
e produzir a centrífuga para obter máximo rendimento. O estudo
resultou na apresentação de quatro trabalhos em congressos nacionais.

Medidas do governo garantem proteção ao meio ambiente

Ricardo Stuckert /PR

05/06/2009

Decretos criando quatro unidades de conservação, mensagem ao Congresso
Nacional do projeto de lei sobre a Política Nacional de Pagamento por
Serviços Ambientais e instituição do Programa de Manejo Florestal
Comunitário e Familiar, marcaram as comemorações do Dia Mundial do
Meio Ambiente (5 de junho). Os atos foram assinados nesta sexta-feira
(5) pelo presidente Lula no município de Caravelas, na Bahia, com a
presença do ministro Carlos Minc.

O Programa de Manejo Florestal Comunitário e Familiar visa ao
fortalecimento da atividade em todos os biomas brasileiros. O manejo
florestal tem sido uma promissora alternativa de renda para as
comunidades rurais, ao mesmo tempo em que alia o uso eficiente e
racional das florestas ao desenvolvimento sustentável local, regional
e de todo o país.

O pagamento por serviços ambientais é uma solução viável para a
recuperação de áreas degradadas, segundo o ministro Minc. Com essa
nova engenharia, as populações envolvidas na ilegalidade dos crimes
ambientais passam a conhecer uma outra forma de assegurar seu
sustento, sem ter de degradar o ambiente, disse o ministro.

A Resex de Cassurubá, na Bahia, com área aproximada de 100,6 mil
hectares, nos municípios de Caravelas, Alcobaça e Nova Viçosa, é
destinada à conservação do ecossistema de mangue na costa nordestina.
A UC será fundamental para proteger as populações extrativistas
tradicionais, cerca de 300 famílias, cuja subsistência é baseada no
manejo sustentável dos recursos naturais dos manguezais, restingas,
rios, estuários e área marinha rasa da Ilha de Cassurubá e seu
entorno.

As Resex Prainha do Canto Verde, em Beberibe (CE), e Renascer (PA) e
Cassurubá (BA) foram criadas a partir de demandas de comunidades
locais e manifestação popular. A unidade de conservação Monumento
Natural do Rio São Francisco vai proteger e preservar 30,5 mil
hectares de paredões e de biodiversidade da caatinga. É o primeiro
Monumento Natural Federal do Brasil.

Na Resex Renascer (PA) vivem cerca de 600 famílias, em uma área de
211.741 hectares. A produção extrativista é bastante diversificada,
tendo sido registradas 44 espécies extraídas, destacando-se a
castanha, o açaí, bacaba e cupuaçu, além de muitas espécies medicinais
e oleaginosas.

Sobre as novas Resex

Cassurubá - Desde 2005, os pescadores de Cassurubá vêm pleiteando a
criação da Reserva Extrativista (Resex). Localizada no município de
Caravelas (BA), a destinação de cerca de 100 mil hectares em área
protegida significa medida fundamental para defender os meios de vida
e a cultura das populações extrativistas tradicionais, cuja
subsistência baseia-se no manejo sustentável dos recursos naturais dos
manguezais, restingas, rios, estuários e área marinha rasa da Ilha de
Cassurubá e seu entorno.

Estudos técnicos e laudo socioeconômico da região atestam ser o
extrativismo a principal ocupação da população e os relatórios
mencionam as atividades relacionadas com a mariscagem como o carro
-chefe da economia familiar, com especial destaque para a captura de
espécies como guaiamum, aratu, siri, sururu. A pesca artesanal também
representa importante fonte de recurso para os habitantes locais.

Atualmente, cerca de 300 famílias dependem e vivem em harmonia com o
ecossistema existente no local, trabalhando como marisqueiros. A
região apresenta grande biodiversidade e alto grau de conservação, com
inestimável valor paisagístico, biológico, histórico e cultural, sendo
de fundamental importância para a conservação do Banco dos Abrolhos,
uma das áreas marinhas mais importantes do Atlântico Sul.

Além das famílias que dependem diretamente do uso sustentável dos
recursos naturais, outros três mil pescadores artesanais de Caravelas
e Nova Viçosa se mantêm por meio da pesca de camarões e peixes criados
no manguezal. Eles são capturados na área marinha contígua ao
manguezal, que abriga o maior banco de camarão da Bahia, hoje
degradado pela pesca descontrolada.

Os manguezais de Cassurubá, em excelente estado de conservação,
fornecem abrigo e área de reprodução e crescimento a várias espécies
marinhas, tanto dos recifes de corais quanto dos ambientes marinhos
rasos mais próximos à costa. Dos manguezais dependem a vida dos
recifes de corais, a pesca do camarão e peixes costeiros, a coleta de
caranguejo, ostra sururu e de milhares de pessoas que se utilizam
desses recursos naturais para sua sobrevivência.

Prainha do Canto Verde - Cerca de 200 famílias habitam hoje a área de
aproximadamente 30 mil hectares da Reserva Extrativista Prainha do
Canto Verde, no município de Beberibe, no Ceará. A luta pela criação
da reserva vem desde 2001. Os trabalhos técnicos tiveram início com a
elaboração de relatórios destinados a avaliar a real importância do
ecossistema litorâneo no modo de vida, na cultura e na geração de
renda das populações locais.

Além de grande importância para o desenvolvimento socioeconômico para
o estado do Ceará, a criação da Resex vai permitir a conservação dos
recursos naturais renováveis, a preservação da cultural tradicional e
o resgate da cidadania das populações extrativistas, dando condições
de sustentabilidade e uma melhor qualidade de vida aos habitantes
locais.

A Resex está localizada próxima aos principais estuários da região e é
submetida a constante aporte de nutrientes e matérias orgânicas,
constituindo significativo banco de recursos biológicos para os
moradores locais. Segundo o laudo socioeconômico feito na região, o
extrativismo é a principal ocupação da população. A pesca típica do
litoral nordestino, realizada com paquetes, jangadas e catamarãs, é a
atividade básica do local.

A Resex da Prainha do Canto Verde vai garantir a proteção de
importante área marinha que ainda se apresenta em bom estado de
conservação, possuindo fundamental importância para a conservação dos
recursos vivos da plataforma continental do Ceará e do nordeste
setentrional, caracterizada pela presença de recifes de corais e de
algas calcárias, ambientes que possuem a maior biodiversidade marinha
do Brasil e do Atlântico Sul. A criação da unidade de conservação
reforça o compromisso do Brasil em ampliar sua área marinha protegida,
de acordo com disposto na Convenção da Biodiversidade.

Renascer - Há seis anos, o Conselho Nacional de Seringueiros vem
reivindicando a criação da Reserva Extrativista (Resex) Renascer em
Prainha, no Pará. Essa também é a luta de 600 famílias que vivem no
local, uma área de 211.741 hectares de floresta com árvores nobres
como castanheiras, mogno, ipê, jacarandá e cedro, sobrevivendo da
pesca de espécies como surubim, filhote, pirarucu entre outros. A
resex está localizada na área de influência da BR-163, que liga Cuiabá
(MT) a Santarém (PA).

A criação da unidade de conservação é de grande relevância ambiental,
pois é composta de ecossistemas de várzea, extremamente vulneráveis e
de grande importância para a subsistência das comunidades locais. Área
cobiçada pelos exploradores de madeira e de minérios, vem sendo objeto
de disputa e enfrentamento direto entre as comunidades locais e os
exploradores de madeira.

De acordo com informações do Ibama, os primeiros habitantes do local,
ancestrais dos atuais moradores da área, habitam a região desde 1880.

Primeiro Monumento Natural do Brasil - Iniciativa vai proteger 30,5
mil hectares de paredões e de biodiversidade da caatinga. Situado no
estuário do Rio São Francisco, entre os estados de Alagoas, Bahia e
Sergipe, o primeiro Monumento Natural Federal do Brasil tem como
objetivo proteger a diversidade biológica da caatinga.

A criação da unidade de conservação nasceu como medida compensatória
pela construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. A compensação
ambiental está definida em Resolução do Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama), que determina que o licenciamento de uma obra de
grande porte- como a construção de uma hidrelétrica -, tem de ser
compensada com a implantação de uma unidade de conservação de proteção
integral.

A criação do Monumento Natural do Cânion do Rio São Francisco irá
preservar um dos últimos teritórios de caatinga com bom tamanho e
estado de conservação, além de garantir o estado de conservação e
promover o desenvolvimento sustentável da região. Além da caatinga
muito preservada, a região possui a maior formação de cânions do
Nordeste, com mais de 100 metros de altura.

Dentro de seus limites estarão protegidos sítios arqueológicos muito
importantes, próximos aos povoados de Malhada Grande e Lagoa das
Pedras, em Paulo Afonso (BA).


Pagamento por serviços ambientais

Preservar e conservar os recursos naturais pode, a partir de agora,
render benefícios econômicos e sociais às populações brasileiras. Este
é o principal objetivo da Mensagem Presidencial enviada nesta
sexta-feira (5) ao Congresso Nacional. O substitutivo de autoria do
Executivo Federal institui a Política Nacional de Gestão dos Serviços
Ambientais e cria o Programa Nacional de Pagamento por Serviços
Ambientais. A previsão é de que a matéria entre em votação e seja
aprovada ainda este mês pelo Legislativo, pois conta com apoio das
bancadas ambientalista e ruralista, principais interessadas no
assunto.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o pagamento por
serviços ambientais é uma solução viável para a recuperação de áreas
degradadas. Segundo ele, com essa nova engenharia, as populações
envolvidas na ilegalidade dos crimes ambientais passam a conhecer uma
outra forma de assegurar seu sustento, sem ter de degradar o ambiente.

A prioridade de pagamento para projetos localizados em áreas sob maior
risco socioambiental está entre as principais diretrizes da nova
política. As outras prioridades são: escolha de projetos que seguem
critérios estabelecidos para a gestão das Áreas Prioritárias para
Conservação, Uso e Repartição de Benefícios da Biodiversidade; e a
promoção de alternativas de geração de trabalho e renda para as
populações rurais e urbanas em situação de vulnerabilidade social.

A criação do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais
tem como proposta implementar a Política Nacional de Serviços
Ambientais. A finalidade é a de atender os objetivos e diretrizes de
demandas regionais de restabelecimento, recuperação, manutenção e
melhoria dos ecossistemas em todos os biomas brasileiros.

Bolsa Verde - Para melhor gerir o novo programa, estão sendo criados
os subprogramas - Bolsa Verde; Unidades de Conservação; e o Produtor
de Águas. O Bolsa Verde terá como finalidade operacionalizar ações de
pagamento por serviços ambientais aos agricultores familiares,
assentados de reforma agrária e aos povos e comunidades tradicionais.

O subprograma Unidades de Conservação vai gerir ações de pagamento aos
provedores residentes em unidades de conservação e aos proprietários
rurais com Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN. O
subprograma Produtor de Águas vai garantir incentivos econômicos e
financeiros, como forma de compensação, aos produtores rurais que
contribuam para a proteção e recuperação de mananciais e corpos
hídricos.

De acordo com o texto da nova lei, serão passíveis de pagamento as
seguintes iniciativas: Conservação e recuperação de florestas
degradadas em áreas de preservação permanente, em áreas de reserva
legal do próprio imóvel rural ou da área de domínio público e uso
coletivo e a recuperação de áreas de uso agrícola degradadas, por meio
da conversão ao sistema de manejo agroecológico do solo.

De acordo com a lei, o valor do serviço a ser pago ao provedor dos
recursos naturais será definido para cada projeto pelo Ministério da
Fazenda com base em tabela de valor de referência do serviço
ambiental. O reivindicador de pagamento deverá comprovar ter seu
imóvel ou posse inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Polistes dominulus


Uma jovem rainha da família das vespas sociais (Polistes dominulus), fundando uma nova colmeia.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Para a preservação da água

Agência FAPESP – A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) publicaram a cartilha O uso racional da água no comércio, que está disponível para livre consulta na internet.

A publicação traz informações para ajudar no combate ao desperdício da água. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender suas necessidades de consumo e higiene, sendo que no Brasil esse consumo quase dobra: 200 litros por pessoa.

O livreto é dividido em categorias como “Dicas de economia”, “Soluções ambientais”, “Caixa d’água”, “Recebimento de esgotos não domésticos”, “Medição individualizada”, “Como calcular o seu consumo” e “Entenda a sua conta de água”.

Um dos pontos destacados pela obra é o fato de que combater o desperdício e dar o destino correto à água deixaram de ser questões econômicas, passando a também ser um diferencial competitivo para as empresas modernas.

Nesse propósito, a cartilha aponta que, para atender empresas que buscam utilizar melhor a água em seus processos, reduzir custos e preservar o meio ambiente, a Sabesp lançou o Programa Sabesp Soluções Ambientais e o Programa de Uso Racional da Água (Pura) para o incentivo ao consumo consciente por meio de ações tecnológicas e mudanças culturais.

Na terça-feira (12/5), a Sabesp e a FAPESP assinaram um acordo de cooperação para desenvolvimento de pesquisas aplicadas no setor de recursos hídricos e saneamento.

A cartilha está disponível em: www.sabesp.com.br
Fonte:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/10492/para-a-preservacao-da-agua.htm

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Santa Catarina apóia catastrofes ambientais.

O Governo de Santa Catarina está prestes a sancionar uma lei que vai
autorizar a derrubada de matas nas margens de rios e córregos.

A cada 100 km de rio desaparecerá uma área equivalente a 370 campos de
futebol.

Hoje em dia é obrigatório que se deixe uma faixa de mata com 30m de largura
de cada lado do rio, por todo o seu curso. Essa é a famosa “Mata Ciliar”
que tem a função de proteger os corpos d‘água. Ela é essencial porque
impede a erosão das margens, protege o fundo do rio contra o assoreamento e
ajuda a manter as águas limpas. Além disso, protege os pássaros e outros
animais que usam o rio, ajuda contra o aquecimento global, além de fazer
com que as águas da chuva penetrem melhor no solo.

Com o sancionamento da nova lei a obrigatoriedade da faixa de mata será de
apenas 10 metros ao invés de 30. Ou seja, 20 metros poderão ser derrubados.


FAZENDO AS CONTAS

Considerando os dois lados do rio, a cada 1 km será derrubada uma faixa de
mata de 40.000 m2 (40m x 1000m).

Um campo de futebol dos grandes tem 10.800 m2 (90m x 120m).

Assim, 40.000m2 equivalem a 3,7 campos de futebol.

Com isso, a cada 100 km de curso d’água será derrubada uma área de mata do
tamanho de 370 campos de futebol.

A justificativa para isso é que aumentarão as áreas de plantio.

Isso é fácil de entender, afinal: “O Meio Ambiente não pode impedir o
Desenvolvimento.” e “Quem gosta de mato é coelho.”, não é mesmo?

Parabéns, Santa Catarina!!!


Leia mais 1:
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=6&i=3768


Leia mais 2:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?newsID=a2469462.xml&tab=00085&uf=2

DINAMARCA - é uma vergonha!!!







Não há duvida que somos seres desprezíveis.

"Por que é que a União Européia está tão calada?
Onde está o "GreenPeace" que tanto barulho faz em outros Países?
Isto só acontece na incivilizada Dinamarca...
Dinamarca: Que vergonha esta triste cena.

Esta mensagem tem de circular. Não há pior fera que o Homem!

Por incrível que pareça, este "espectáculo" acontece em Dantesque,
Ilhas Faroe (Dinamarca). Um país supostamente civilizado e, ainda
por cima, membro da União Europeia. Para muita gente, este ataque à
vida passa desapercebido, como um costume para "demonstrar" a
passagem à idade adulta. É de uma atrocidade absoluta. Ninguém mexe
uma palha para acabar com esta barbaridade contra os Calderon, um
golfinho inteligente e tranqulo que se aproxima dos homens
demonstrando amizade.
Temos que fazer com que esta atrocidade seja conhecida e que, como é
desejável, acabe de vez.



Recebi por emial hoje.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Primavera Silenciosa , a saga continua

Mais uma vez venho postar um endereço para download desta obra prima, é só entrar nos links divulgados e baixar, o link é da minha conta no 4shared (http://www.4shared.com/)
é só pesquisar que iram achar.
Se não acharem minha conta procure pelo nome do livro , no campo de pesquisa
Porem acabei de postar o site informa que os arquivos iram estar disponível em 48 horas
mas estaram.
Postarei varias outras coisas sempre que puder, outros livros , musicas e outro

Obrigado por visitarem meu blog
Abração
Paz para todos na Terra


http://www.4shared.com/
http://www.4shared.com/
http://www.4shared.com/

domingo, 5 de abril de 2009

Muita água, pouca água

1/4/2009

Agência FAPESP – No encerramento do mês em que se comemorou o Dia Mundial da Água (22/3), a Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou a primeira edição do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.

A quantidade e a qualidade das águas brasileiras e a situação da gestão desses recursos até 2007 estão detalhadas na publicação, que deverá ser atualizada anualmente.

São apresentados dados e informações sobre precipitação, disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas, eventos críticos, saneamento ambiental, irrigação, hidroenergia, navegação, evolução de aspectos legais e institucionais e recursos e aplicação financeira do setor.

O relatório destaca que a produção de energia elétrica instalada no Brasil cresceu pouco mais de 4% entre 2006 e 2007 e que o país conta com 28.834 quilômetros de águas navegáveis, sendo que desses apenas 8,5 mil quilômetros são navegáveis durante todo o ano – dos quais cerca de 5 mil estão na bacia Amazônica.

Estima-se que a área irrigada no Brasil seja de 4,6 milhões de hectares, o que representaria um crescimento de 50% em dez anos, a uma taxa de cerca de 150 mil hectares por ano. O país está em 16º lugar no ranking mundial, detendo pouco mais de 1% da área total irrigada no mundo.

A vazão de retirada para usos que consomem água, em 2006, foi de 1.841m³/s. Comparando esse valor com a estimativa feita para o ano de 2000 (1.592m³/s), identificou-se um acréscimo de 16% na vazão de retirada total no país.

O setor de irrigação é o que conta com a maior parcela de vazão de retirada (cerca de 47% do total). Para o abastecimento urbano são reservados 26% do total, 17% para indústria, 8% para pecuária e apenas 2% para abastecimento rural.

As regiões Amazônica, do Paraguai, do Tocantins-Araguaia e Atlântico Nordeste Ocidental apresentam situações bastante confortáveis quanto a demanda e disponibilidade, com mais de 88% de seus principais rios classificados como “excelente” e “confortável”. Na região do São Francisco, 44% dos principais rios estão na categoria “muito crítica”, “crítica” ou “preocupante”.

Dos 5.564 municípios brasileiros, 788 (14%) tiveram decretada situação de emergência devido à estiagem ou seca em 2007. De todos os municípios, 176 (3%) tiveram decretada situação de emergência devido a enchentes, inundação ou alagamentos.

Para o total de pontos em que foi feito o monitoramento com o Índice de Qualidade da Água (IQA) em 2006, observou-se uma condição ótima em 9% dos pontos, boa em 70%, razoável em 14%, ruim em 5% e péssima em 2%.

Com relação à assimilação de carga orgânica, as principais áreas críticas se localizam nas bacias do Nordeste, rios Tietê e Piracicaba (São Paulo), rio das Velhas e rio Verde Grande (Minas Gerais), rio Iguaçu (Paraná), rio Meia Ponte (Goiás), rio dos Sinos (Rio Grande do Sul) e rio Anhanduí (Mato Grosso do Sul).

O relatório está disponível em: http://conjuntura.ana.gov.br).
Fonte:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/10304/noticias/muita-agua-pouca-agua.htm

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mudança do Código Florestal

A bancada ruralista fechou ontem um acordo para votar, na Câmara dos
Deputados, o projeto de lei que altera o Código Florestal, em vigor desde
1965. A proposta, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente, teria apoio
irrestrito do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), em razão da
ampla votação a ele dada pelos ruralistas na recente disputa pelo comando
da Casa.


O projeto de lei, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), contém
pontos altamente polêmicos nos debates com os ambientalistas. Entre os
mais discutíveis, estão a permissão para o plantio de espécies exóticas com
viabilidade comercial em metade das áreas devastadas da Amazônia. Culturas
como dendê e eucalipto seriam uma opção no reflorestamento das
propriedades.


Outro ponto delicado é a soma de de Áreas de Preservação Permanente (APP)
às áreas de reserva legal. Na Amazônia, a lei exige 80% de reserva legal.
Nos Cerrados de Estados da Amazônia Legal, são 35%. Nas demais regiões do
País, a exigência é de 20%. O texto do projeto também prevê a anistia de
passivos ambientais e a blindagem da produção em áreas com declividade
acima de 45 graus, desde que consolidadas há mais de dez anos. Isso
garantiria as lavouras de maçã, arroz, café e outras culturas hoje em
situação irregular.


A votação do novo texto do Código Florestal será um teste para a
apresentação de um projeto de lei mais abrangente. Os ruralistas preparam
uma proposta para o Código Ambiental, um "guarda-chuva" que condensaria
16.450 instrumentos legais em vigor no âmbito federal na área ambiental.
"São leis, portarias, normativos, decretos que ninguém conhece a
totalidade", diz o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária,
deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). "Imagine o trabalho que é para quem
aplica e para quem tem que cumprir isso no dia-a-dia". Até meados de
abril, a proposta deve vir a público. "Temos que mexer com a área urbana,
tratar da ocupação do solo e de planos diretores"


A bancada ruralista afirma que o objetivo da nova lei, que deve abrir um
ampla discussão nacional, é "limpar" as legislações e reduzir a "alguns
poucos artigos" um código que serviria para a área rural e também urbana.
"Os detalhes restantes seriam regulamentados por decretos específicos e
portarias ministeriais", diz Colatto. Para ele, o mais importante nessa
discussão sobre as leis ambientais do país é "definir conceitos", como da
reserva legal, passando a imposição da obrigação da propriedade para a
bacia hidrográfica. "No caso das APPs, tudo teria que ser feito com base
em orientação técnica de entidades reconhecidas e respeitadas, como a
Embrapa", afirma o deputado.


O desenho da nova lei dispensa uma importância fundamental à
Embrapa. "Temos que usar os princípios e estudos técnicos realizados pela
Embrapa para definir essas questões", defende Colatto. O Código Ambiental
trataria, em linhas gerais, do crédito ambiental a produtores e
apresentaria espécies de premiações pela preservação do ambiente. Teria,
ainda, conceitos de pagamento por serviços ambientais e mudaria o atual
sistema de fiscalização, passando da imposição de multas pecuniárias para a
"orientação" dos produtores.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Número de municípios que mais desmatam sobe para 43

Lígia Formenti

Subiu para 43 o número de municípios que mais desmatam na Amazônia. A
primeira versão da lista de maiores responsáveis por desmatamentos,
preparada ano passado, era integrada por 36 cidades. O ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, afirma que o ranking com maior número de integrantes
não é sinônimo de aumento de atividade ilegal na região. De acordo com ele,
a inclusão de novos municípios é fruto de critérios mais rigorosos usados
para preparar a relação. Na nova lista, foram incluídos os municípios de
Marabá (PA), Pacajá (PA), Itupiranga (PA), Mucajaí (RR), Feliz Natal (MT),
Tailândia (PA) e Amarante do Maranhão (MA). Três municípios devem sair da
lista: Alta Floresta (MT), Porto dos Gaúchos (MT) e Nova Maringá (MT). Para
isso, será preciso a comprovação da inscrição no Cadastro Ambiental Rural.

No ano passado, a lista foi formulada a partir de um único critério: eram
incluídas as cidades que, reunidas, eram responsáveis por 50% do
desmatamento na região. Hoje, Minc assinou uma portaria com critérios
definidos para que municípios sejam incluídos na lista e outra com os
requisitos para que cidades passem a ser consideradas com desmatamento
monitorado e sob controle.

Entre os critérios para o município ser excluído da lista estão: o
desmatamento em 2008 menor do que 40 quilômetros quadrados, 80% do
território com imóveis rurais monitorados por meio do Cadastro Ambiental
Rural e uma média de desmatamento em 2007-2008 igual ou inferior a 60% do
que havia sido registrado na média de 2004-2006. De acordo com a nova
portaria, para ser incluído na lista são observadas as seguintes variáveis:
área total de floresta desmatada, área de floresta desmatada nos últimos
três anos, aumento da taxa de desmatamento em pelo menos 3 dos últimos
cinco anos e desmatamento em 2008 igual ou superior a 200 quilômetros
quadrados. (AE)

terça-feira, 24 de março de 2009

Nível do mar e ação do homem ameaçam populações costeiras



Nível do mar e ação do homem ameaçam populações costeiras
Estudo ajudará a combater os efeitos das mudanças climáticas no litoral
Usinas termelétricas terão que compensar emissões de CO2
Piauí ganha primeiro comitê de bacia hidrográfica de afluentes do rio Parnaíba
Notas


Nível do mar e ação do homem ameaçam populações costeiras
Mesmo que não se confirmem, previsões de Macrodiagnóstico exigem intervenção imediata

Estudo do Ministério do Meio Ambiente, lançado na segunda-feira (20) no Rio, pelo ministro Carlos Minc, traz à tona, desta vez com dados concretos, o alerta de que o aumento do nível do mar e a ocupação desordenada já ameaçam as populações e a biodiversidade em várias regiões da costa brasileira.

O cruzamento de informações obtidas pelo estudo, que recebe o nome de Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil, permitiu aos organizadores obter e analisar dados que poderão ser utilizados em casos de ações imediatas de intervenção, visando o planejamento e ordenamento dos espaços mais vulneráveis, mesmo que previsões não se confirmem.

O documento, elaborado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, mapeia as localidades que apresentam os maiores potenciais de risco natural, social e tecnológico, em graus de vulnerabilidade que vão de muito baixo a muito elevado. Entre os segmentos costeiros da região Norte, por exemplo, são apontados como de elevado risco natural a Foz do Rio Parnaíba, sujeita a inundações. À questão do risco natural, soma-se a densidade populacional o que transforma quase todos os aglomerados urbanos da zona costeira em localidades propensas aos grandes riscos naturais. Entre elas, regiões densamente povoadas como a Grande Salvador, as cidades de Valença, Ilhéus, Porto Seguro, na Bahia.

A erosão costeira é outro risco natural que coloca o litoral capixaba e o norte fluminense entre locais de grande risco. Na região de Macaé, no estado do Rio, elementos naturais de risco somam-se à um acentuado desenvolvimento urbano e à exploração petrolífera. Outra situação de risco em grau elevado é a de Marambaia, também no litoral fluminense, com baixa altitude, situações climáticas e oceanográficas adversas, que podem ocasionar grandes inundações. Em São Paulo, a Baixada Santista também é área de elevado risco natural devido ao alto índice populacional e industrial. Segue na mesma circunstância os núcleos urbanos o litoral sul. São todas elas localidades com alto grau de vulnerabilidade e que necessitam de uma intervenção imediata.

Todas as capitais estaduais litorâneas apresentam grau elevado de risco social devido à ausência de esgotamento sanitário e de coleta de resíduos sólidos. A começar por Macapá (AP) no extremo Norte. À exceção das capitais estão entre as localidades com elevado risco social: Ananindeua (PA), Ubatuba (SP), São Vicente (SP), Joinville (SC) entre outras.

Já o risco tecnológico determina o potencial poluidor de atividades industriais que podem causar eventos danosos à vida, em curto, médio e longo prazos.

Estudo ajudará a combater os efeitos das mudanças climáticas no litoral
O Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha é um estudo fundamental para que se tenha uma dimensão da realidade do litoral brasileiro e será muito útil para orientar na implementação de ações de mitigação dos efeitos das mudanças climátias, como o inevitável aumento do nível do mar. A avaliação é do ministro Carlos Minc. Segundo ele, "vamos garantir que o desenvolvimento necessário não justifique a destruição ambiental".

Para Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), as informações contidas no documento poderão ser utilizadas como instrumentos de gestão do território, reunindo em escala nacional as características físico-naturais e socioeconômicas da costa. "O macrodiagnóstico vai orientar ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural e passa a ser um referencial teórico para diferentes segmentos da sociedade que atuam na zona costeira, além de apoio para elaboração de estudos e pesquisas", explicou .

Destinado a estados e municípios, a universidades e centros de pesquisa, a setores do petróleo e da pesca, entre outros, o macrodiagnóstico traz informações sobre geomorfologia, dinâmica populacional, potencial de risco natural, social e tecnológico. E ainda sobre a Zona Econômica Exclusiva (óleo e gás), e sobre a biodiversidade costeira e marinha.

A publicação contém oito conjuntos completos de cartogramas que abrangem a costa brasileira do Oiapoque ao Chuí. "Cada um destes conjuntos traz um diagnóstico com cruzamento de informações, onde se apontam áreas prioritárias para atuação setorial, áreas suscetíveis a inundações e com potencial de risco natural, informações que poderão ser úteis no processo de adaptação às mudanças o clima", explica o diretor do Deprtamento de Qualidade Ambiental do MMA, Rudolf de Noronha.

Usinas termelétricas terão que compensar emissões de CO2
Os procedimentos para licenciamento de usinas termelétricas serão alterados. O ministro Carlos Minc disse que assinará, em abril, portaria conjunta com o Ibama obrigando esses empreendimentos a compensar as emissões de CO2.

"O Ibama só vai conceder licença de instalação das térmicas de óleo e carvão se o empreendedor fizer abatimento das emissões", disse Minc durante solenidade de lançamento do Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha Brasileira, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, a portaria vai definir as formas de compensação a serem adotadas que poderão se dar, por exemplo, a partir do plantio de árvores, de investimentos em energias alternativas como a eólica e a solar, sistemas de captura de carbono na atmosfera, entre outras. "Com a portaria os empreendedores terão que internalizar em seus custos os danos ambientais que provocam", defendeu Minc.

Para ele, hoje o país está muito atrasado em relação ao uso de energias eólica e solar. Ele defende que sejam adotadas medidas para aumentar a competitividade da energia limpa para "torná-la mais acessível e mais barata", como onerar o custo das fontes de energia poluentes.

No dia 15 de abril o ministro pretende apresentar na reunião plenária do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) uma proposta de resolução sobre o tema. Com ela, o conselho poderá estender a estados e municípios a obrigatoriedade de compensação do gás carbônico emitido pelas térmicas.

Piauí ganha primeiro comitê de bacia hidrográfica de afluentes do rio Parnaíba
A instalação do primeiro Comitê de Bacia Hidrográfica do Piauí dos Rios Canindé e Piauí, afluentes do Parnaíba, na sexta-feira, em Teresina, marcou as comemorações do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março. Referindo-se ao tema dedicado à data Água compartilhada - Oportunidades compartilhadas, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SHRU) do MMA, Vicente Andreu, lembrou que o Brasil tem grandes bacias hidrográficas compartilhadas, como a Bacia Amazônica e a Bacia do Prata.

O secretário Vicente Andreu, que participou da solenidade de instalação na capital piauiense, destacou a importância da gestão compartilhada, lembrando que ela se dá até em nível internacional. O Brasil compartilha com a Argentina, Paraguai e Uruguai da gestão do Aquífero Guarani, a principal reserva de água doce subterrânea da América do Sul. O reservatório natural de água doce é um dos maiores do mundo, com mais de um milhão de cem mil quilômetros quadrados. Na parte brasileira estende-se por oito estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

As águas do Aquífero Guarani têm qualidade para consumo doméstico, industrial e irrigação. Mais de 500 cidades são abastecidas, total ou parcialmente, com suas águas. De acordo com o secretário, o principal desafio da gestão compartilhada é a utilização sustentável dos recursos, e que sua utilização consciente só será possível com informação. "O Aquífero Guarani é mais famoso do que conhecido", disse referindo-se ao fato de que ainda faltam dados importantes para viabilizar sua total utilização.

Notas
Mudanças Climáticas - O Plano Nacional sobre Mudanças do Clima é antes de tudo um plano de metas, com ações, projetos e cronogramas que serão cumpridos pelo governo e pelo setor produtivo para que se chegue em 2017 a uma redução expressiva nas emissões de gases estufa. Foi isso que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou na sexta-feira (20), durante debate no Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele classificou as ações voltadas para o combate ao desmatamento, não só na Amazônia, mas também no cerrado e na caatinga, como prioridades estratégicas para diminuir os efeitos do aquecimento global, reforçando o papel do Fundo Amazônia como fonte de recursos para a implementação das medidas. Minc lembrou, também, que o ministério enviará à Casa Civil sugestão para que o Programa de Aceleração do Crescimento na área da Habitação adote a energia solar térmica em substituição aos chuveiros elétricos nas construções de casas populares previstas. A medida visa reduzir a demanda por energia elétrica, o que significa menos emissões de gases estufa. O debate foi organizado pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn, também participou do evento.

Seminário - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa hoje (23), às 10h, do seminário De Poznan a Copenhagen: desafios para o Brasil no combate às mudanças climáticas, promovido pelo Greenpeace. O encontro será realizado no navio Arctic Sunrise, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. O objetivo do evento é debater a agenda brasileira de combate aos efeitos das mudanças climáticas para 2009 com vistas à Conferência sobre Mudança do Clima no final deste ano, em Copenhagen.

Antártica - O Ministério do Meio Ambiente lança no dia 1º de abril, às 10h, no auditório Guimarães Rosa, térreo do MMA, a publicação Antártica Bem Comum do Homem, que faz parte do Programa Antártico (Proantar) do MMA. Na ocasião haverá o lançamento pelos Correios do Selo Comemorativo ao Ano Polar Internacional.