terça-feira, 27 de maio de 2008

Para Marina Silva:"política sem teologia é puro negócio"

Por Leonardo Boff (22/05/2008) - A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente representa uma pesada perda de qualidade política do governo Lula. Por qualidade política entendo a competência do governante de manter a unidade dos contrários, contrários esses, inerentes a todo convívio social e democrático, que confere dinamismo e vida à sociedade. Marina Silva representava um pólo decisivo no governo e fundamental para uma política responsável pelo futuro da vida e da integridade do Planeta: o cuidado com o ambiente inteiro e com as condições ecológicas que garantem a vida em toda sua imensa diversidade. No outro pólo estão outros, em maior número, que perseguem um projeto, que nos remete ao século XIX, de crescimento material acelerado e a todo custo, sem considerar a mutação das consciências ocorrida no Brasil e no mundo face principalmente às perigosas transformações negativas do estado da Terra, ocasionadas, em grande parte, por aquele projeto. Missão do governante é ser um homem de síntese, capaz de articular os pólos e ter a sabedoria suficiente para decisões estratégicas, mesmo difíceis, que garantam o futuro de nossa existência neste pequeno Planeta. O atual presidente mostrou essa capacidade de síntese. Mas desta vez, parece-nos, se operou desastroso desequilíbrio. Com a ausência de Marina Silva, há o risco do pensamento único e da obsessão furiosa pelo crescimento fazendo crescer nossa dívida para com a natureza e as gerações futuras.

A ex-ministra Marina Silva mantinha tenaz coerência com a missão que se propôs de introduzir a partir de seu Ministério a transversalidade do cuidado ecológico em todas as instancias do poder, no esforço de conferir uma direção inovadora e à altura dos desafios contemporâneos ao desenvolvimento sócio-ambiental sustentável. Foi vista como obstáculo ao crescimento e como empecilho à modernização. E efetivamente era e precisava se-lo. Não é possível com tudo o que sabemos da história e da experiência recente continuar com o tipo de crescimento retrógrado que visa a acumulação à custa da devastação da natureza e do aprofundamento das desigualdades sociais. Há que se estigmatizar essa modernização conservadora e socialmente criadora de tantas vitimas no campo e nas cidades. As pressões contra a ministra vindas do interior do próprio governo e do exterior, de grupos poderosos ligados à pecuária e ao agronegócio solaparam a sustentação política e a viabilidade de seu trabalho, especialmente, com referência à preservação da floresta amazônica. Retirou-se do ministério pela porta da frente, com elevado espírito público e ético, protestando lealdade e fidelidade ao presidente.

Marina Silva era uma das reservas éticas do governo, uma referência de credibilidade para o Brasil e para o mundo. Mas ética era pouco para ela. Movia-a uma inspiração espiritual, de serviço à vida e de proteção a todo o Criado. Ela me faz lembrar a frase de um dos grandes pensadores da escola de Frankfurt que foi um rigoroso marxista e materialista: Max Horkheimer. No final de sua vida escreveu um instigante livro:"Saudade do totalmente Outro". Ai, como marxista e não como cristão, diz:"uma política, sem teologia, é puro negocio". E explicava:"teologia significa aqui, a consciência de que o mundo não é a verdade absoluta, que não é o fim; teologia é a esperança de que tudo não se acabe na injustiça que tanto marca o mundo, que a injustiça não detenha a última palavra". Estimo que Marina Silva mostrou em sua vida e prática a verdade desta sentença. Por isso todos lhe somos agradecidos e devedores.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Marina Silva: "A Amazônia está acima de nós"


Marina Silva: o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, não deve aceitar pressões do governador Blairo Maggi

Altino Machado
De Rio Branco (AC)

A magricela Marina Silva, 50, senadora petista do Acre, já perdeu três quilos desde que entrou no olho do furacão, após surpreender ao presidente Lula na semana passada com o pedido de demissão do cargo de ministra do Meio Ambiente.

- Estou só a tala - diz com exclusividade a Terra Magazine.

Ao deixar o ministério, a ex-seringueira e ex-empregada doméstica alfabetizada aos 17 anos, conseguiu gerar, dentro e fora do País, uma repercussão que suplantou aquelas que ocorriam eventualmente com a queda de algum titular do Ministério da Fazenda.

Ela espera do sucessor Carlos Minc, como demonstração de continuidade da política ambiental, que resista à pressão do governador Blairo Maggi, do Mato Grosso, que atua contra a manutenção da resolução do Conselho Monetário Nacional que, a partir de 1º de julho, obriga o sistema financeiro a exigir regularidade ambiental como condição para o crédito rural na Amazônia.

- Além da manutenção da implementação da resolução do Conselho Monetário Nacional, que lute firmemente contra a alteração do código florestal, que levaria a mais desmatamento na Amazônia. É necessário manter e fortalecer as operações de combate ao desmatamento - insiste a ex-ministra.

Marina Silva disse que quando se ocupa um espaço de poder, mesmo sendo algo pequeno, como uma coluna de jornal, sofremos a tentação de querer olhar as pessoas de cima para baixo.

- Aprendi, e não foi agora, mas com muitas pessoas ao longo da vida, como Chico Mendes e dom Moacir Grechi, que a gente tem que olhar de baixo para cima. De baixo para cima a gente consegue enxergar o que está acima de nós. A Amazônia está acima de nós. E com esse olhar a gente é capaz de enxergar que, para fazer algo que seja bom, é preciso se colocar numa perspectiva de serviço, que também pode ser o gesto de abrir o caminho para que outro ocupe o seu lugar. Eu já disse que é melhor ver o filho vivo no colo de outro a vê-lo jazer no próprio colo.

A partir de hoje a senadora passa a cumprir licença de 10 dias para descanso. Vai passsar o final de semana no seu "Acre querido", mas nega a disposição para ser candidata a governadora do Estado.

- Temos bons nomes: Binho Marques, Jorge Viana e Tião Viana. Não estou pensando nas próximas eleições, mas naquilo que será o futuro das próximas gerações.

Leia a entrevista a seguir:

Terra Magazine - Como explica que a sua demissão do Ministério do Meio Ambiente tenha repercutido bem mais, dentro e fora do país, do que a demissão de nosso último ministro da Fazenda?
Marina Silva - O tema está no coração da agenda do mundo e do País, que é uma potência ambiental. A maior audiência mundial em termos de meio ambiente é o Brasil. O que está acontecendo é como se a sociedade brasileira estivesse criando um novo acordo político para dar sutentação ao rumo que precisa ser decidido por nós.

Como assim?
Eu diria que é como se fosse um encruzilhada histórica, civilizatória, entre permanecer no modelo de desenvolvimento do século 19 ou transitar mais rapidamente para o modelo que necessita o século 21. Nesse sentido, toda essa audiência interna que nós temos, configurada na mudança do Ministério do Meio Ambinete, se situa na grande possibilidade de estabelecimento de um novo acordo políticio. Isso permite, tanto ao Lula quanto ao ministro do MMA, consolidar as grandes conquistas dos últimos cinco anos e evitar retrocessos, como baixar a guarda do Plano de Combate ao Desmatamento. Nunca uma mudança de ministro do Meio Ambiente levaria a tanta repercussão, embora eu sempre tenha dito que não faria pirotecnia.

Há quem diga que o movimento social sente-se "mordido" com o tratamento que lhe foi dispensado pelo governo e com a sua saída. Acabou a trégua entre o governo e os ambientalistas?
Eu tive o apoio da academia, das ONGs sérias, de vários segmentos do setor privado e hoje até existem empresas que fazem doação para colaborar com a política ambiental do governo. As pessoas começaram a ver credibilidade no trabalho e a fazer coisas que a gente só via acontecer em outros países. O que fiz foi transformar as boas idéias em politicas públicas.

A Amazônia vai ficar mais tensa ou divertida com Carlos Minc no ministério?
Espero que todos possamos ajudar o novo ministro. A pressão do outro lado é grande, mas já existe uma estrutura que é altamente importante. Ele pode consolidar a base que está encontrando e não permitir retrocesso, como o pretendido pelo governador Blairo Maggi, no sentido de revogar as medidas tomadas recentemente no Plano de Combate ao Desmatamento. É necessária a manutenção da implementação da resolução do Conselho Monetário Nacional que a partir de 1º de julho obriga o sistema financeiro a exigir regularidade ambiental como condição para o crédito rural na Amazônia. Mas existem outras questões como a redução da reserva legal, da criminalização da produção de áreas embargadas. Essas coisas não podem ter retrocesso. É necessário, no âmbito do Plano de Combate ao Desmatamento, fazer com que as ações de desenvolvimento sutentável, como a Operação Arco Verde, possam ser efetivadas.

São bandeiras do movimento social.
Sim. O movimento social sempre reivindicou que não fosse concedido crédito para quem desmata ilegalmente e que não se fizesse dos dados do desmatamento um mistério, que se deveria ter um espaço para discutir as medidas em relação ao desmatamento, a criação de unidades de conservação na frente da expansão predatória, fazendo paredão para impedir a grilagem. Nós criamos 24 milhões de hectares de unidades de conservação. São quase 50% de todas unidades de conservação federais criadas no Brasil. Houve aumento de 59% na área em Unidades de Conservação na Amazônia em cinco anos. Mais que dobrou a área de Reservas Extrativistas, de 5,1 milhões para 10 milhões de hectares. Houve aprovação da Lei da Mata Atlântica, da Lei de Gestão de Florestas Públicas, Dispositivo da Limitação Administrativa Provisória, além de reposicionamento de obras para atender os aspectos ambientais da BR-163, do rio São Francisco, Paiquerê, usinas do Madeira.

Havia pressão dos ambientalistas para se avançar mais?
As pessoas sabiam que muita coisa estava sendo feita em muitas áreas e que em outras precisávamos avançar mais, mas que também sabiam que isso não dependia apenas da Marina Silva. Houve aumento de 50% no total de licenciamentos ambientais entre 2003 e 2006, que passou de 145 empreendimentos licenciados por ano para para 220 licenciamentos de qualidade, sem nenhuma judicialização. Pouca gente sabe que em 2003 havia 45 hidrelétricas judicializadas. Foi criada uma diretoria específica para o licenciamento no Ibama com três coordenações gerais: de petróleo e gás, de energia e transporte e de mineração e obras civis. A equipe técnica era formada por 7 servidores públicos efetivos e 71 contratados temporariamente. Hoje são 149 efetivos, ou seja, 31 temporários, num universo de 180 funcionários.

O que considera ainda como avanços significativos?
A Instrução Normativa nº 65 do Ibama que estabeleceu, pela primeira vez, os procedimentos necessários para a solicitação, análise e emissão de licenças ambientais para usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas. A disponibilização na internet de todas as informações relativas aos licenciamentos de competência do Ibama, por meio do Sistema Informatizado de Licenciamento Ambiental, como por exemplo: relatórios de impacto ambiental, pareceres técnicos e editais de convocação de audiências públicas. Hoje existe o Portal do Licenciamento, que permite o acesso às informações sobre processos conduzidos pelos órgãos ambientais dos 26 estados e do Distrito Federal. Em quatro anos, o Ibama concedeu licença para 21 hidrelétricas, o que representa mais de 4.690 MW, todas sem judicialização.

O que espera do novo ministro como demonstração de continuidade da política ambiental?
Além da manutenção da implementação da resolução do Conselho Monetário Nacional, que lute firmemente contra a alteração do código florestal que levaria a mais desmatamento na Amazônia. É necessário manter e fortalecer as operações de combate ao desmatamento integrando IBAMA, Polícia Federal, Forças Armadas. Dar continuidade ao processo de criação de unidades de conservação, especialmente das reservas extrativistas do Xingu e do Jauaperi-Rio Branco (Roraima), dentre outros, que aguardam decisão na Casa Civil. Lançar e implementar o Plano Nacional de Comunidades Tracionais e investir 1,5 bilhão em ações de apoio ao desenvolvimento das comunidades tradicionais de todos biomas do Brasil. Finalizar e lançar o sistema de pagamento por Serviços Ambientais especialmente para manutenção da floresta em pé. Terminar a implantação do Fundo Amazônia e manter o rigor e ampliar os investimentos no setor de licenciamento para ampliar a qualidade e eficiência no licenciamento ambiental. Minc vai assumir num contexto onde a sociddade quer crescer, mas também quer proteger a nossa riqueza natural.

Não é exigir demais, senadora, sobretudo sabendo que seu mandato estará vigilante à pauta ambiental do país?
Essas coisas todas precisam ser consolidadas e ampliadas, especialmente porque já conta com o grande apoio da sociedade brasileira. Espero que se constitua um novo acordo, que sejam consolidadas todas as conquistas, que não haja retrocesso e que se estabeleça a agenda do desenvolvimento sustentável, que é feita dentro do núcleo denso do governo.

E o seu "querido Acre"?
No momento em que se sente doído, a primeira coisa que se pensa é em estar ao lado dos seus, no aconchego da casa. Estarei no Acre na próxima sexta-feira. Desde o dia que pedi demissão já perdi pelo menos três quilos. Estou só a tala. Do Acre, voltarei para Brasília, para descansar um pouco. A partir de hoje passa a vigorar meu pedido de licença do Senado por razões particulares. Deve durar uns 10 dias, no máximo.

E o governo do Acre?
Não serei candidata ao governo do Acre. Temos bons nomes: Binho Marques, Jorge Viana e Tião Viana. Já sou por demais grata ao povo por me eleger duas vezes para o Senado e por ter sido ministra. Não estou pensando nas proximas eleições, mas naquilo que será o futuro das próximas gerações.

Quais lições aprendeu nestes cinco anos no Ministério do Meio Ambiente?
Quando a gente ocupa um espaço de poder, por mínimo que seja, incluindo uma coluna de jornal, a gente sofre a tentação de querer olhar as pessoas de cima para baixo. Aprendi, e não foi agora, com muitas pessoas ao longo da vida, como Chico Mendes e dom Moacir Grechi, que a gente tem que olhar de baixo para cima. De baixo para cima a gente consegue enxergar o que está acima de nós. A Amazônia está acima de nós. E com esse olhar a gente é capaz de enxergar que, para fazer algo que seja bom, é preciso se colocar numa pesrpectiva de serviço, que também pode ser o gesto de abrir o caminho para que outro ocupe o seu lugar. Eu já disse que é melhor ver o filho vivo no colo de outro a vê-lo jazer no próprio colo. Além disso, aprendi que é muito importante contar com uma equipe diversificada, com competência de todos os setores, naquilo que alguém já disse que "o conhecimento não está com os homens, mas entre os homens". Aprendi, ainda, que a melhor forma de ajudar aos governos é fazendo política de país, porque ela perpassa a vários governos. E eu espero que o plano de combate ao desmatamento se estabeleça e que seja algo que vá além do governo.

Terra Magazine

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Nas margens do Rio Jundiaí, biodiversidade ameaçada

Obras de canalização ameaçam aves e fragmentos de mata-ciliar

As obras de canalização do Rio Jundiaí no trecho entre a Vl. Lacerda e o Pq. Shangai, começam a alterar as margens, numa área até então relativamente calma e preservada.

Afastado da avenida Latorre e sem casas por perto, este trecho do rio tem pequenos resquícios de mata e aves como garças e paturis.

É um trecho que recebe as águas limpas do Córrego do Mato e do Córrego Walquírias e tem muitas pedras no leito. Essa combinação de oxigenação e diluição dos poluentes melhora a qualidade do rio Jundiaí e as condições para a fixação da vida silvestre.

Numa ilhota, um banco de areia, pedras e lixo, bem próximo do local onde deságua o córrego Walquirias, é possível observar um casal de irerês (paturis) e pelo menos duas espécies de garça, em vários períodos do dia. Também há pegadas de capivaras na ilha e margens.

Neste mesmo local, que fica próximo das quadras de futebol Umbro Center, há terrenos baldios nas duas margens e uma pequena mata em regeneração, que começa a ser derrubada pelos tratores.

A presença das garças, irerês, capivaras, indica que toda uma cadeia de vida está ali instalada.

Infelizmente, essa biodiversidade que resiste heroicamente no poluído rio Jundiaí, vai desaparecer com a canalização do trecho.

As margens e o leito serão concretados e a vida vai dar lugar ao "crescimento".

Não haverão outras alternativas? Não é possível conciliar desenvolvimento e sustentabilidade?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Votorantim é a que mais polui em SP e ainda quer usina no Vale do Ribeira - Graziano e Capobianco assistem tudo

E ainda querem nos convencer de que o projeto de construção da Usina
Hidrelétrica de Tijuco Alto é a "melhor coisa do mundo" p/ o
desenvolvimento do Vale do Ribeira!!! Grande falácia!!!!! Basta ver o que
fizeram c/ o Rio Juquiá! Qual é o IDH da cidade de Juquiá mesmo?


Incrível é ver o "famoso" ambientalista Sr. João Paulo Ribeiro Capobianco,
ex-coordenador do Instituto Sócio Ambiental (ISA), ex-presidente da
Fundação SOS Mata Atlântica, atual Presidente Interino do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e atual
Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), assistindo tudo
de camarote, bem caladinho na sua poltrona reclinável!!! Por que será hein?
Você pode nos responder Sr. Capobianco? Uma palavra ao menos!!! Ou continue
calado e entregue o Vale do Ribeira ao Sr. Antonio Ermírio de Moraes!!! Ah,
e não vale renunciar dizendo que "não suportou a pressão de outros setores
pela sua luta em favor do meio ambiente no Governo Federal". Esse golpe nós
já conhecemos de outros tempos e se o fizer não sairá como herói, mas como
grande vilão que entregou o Rio Ribeira de Iguape ao homem mais rico do
Brasil!!! Seja ético e faça valer a sua história de luta pela Mata
Atlântica usando o "poder" que tem p/ trazer esse assunto a mídia nacional
e colaborar efetivamente p/ que a CBA/Votorantim não consiga a licença
prévia do IBAMA!!!!! Faça valer o decreto-lei nº 99.556/90 que define em
Art. 1º que "As cavidades naturais subterrâneas existentes no território
nacional constituem patrimônio cultural brasileiro, e, como tal, serão
preservadas e conservadas de modo a permitir estudos e pesquisas de ordem
técnico-científica, bem como atividades de cunho espeleológico,
étnico-cultural, turístico, recreativo e educativo", ou seja, a
CBA/Votorantim NÃO PODE ALAGAR CAVERNAS NO VALE DO RIBEIRA!!!!!! Por que
está calado, Sr Capobianco? Dê-nos, ao menos, a sua opinião...


Do Sr. Xico Graziano, ex-Deputado Federal, ex-Secretário de Agricultura de
São Paulo, ex-Presidente do Incra, ex-Chefe de gabinete pessoal do
ex-Presidente Sr. Fernando Henrique Cardoso e atual Secretário de Meio
Ambiente de São Paulo, nenhum movimento diferente do que era esperado, pois
afinal agora é moda pular de um lado a outro até se chegar no "negócio
ambiental"!!! Vide a recente história da criação da "Fundação Amazonas
Sustentável" criada e apoiada pelo Banco Bradesco, que por sua vez é
importante parceiro do Grupo Votorantim. Sobre essa fundação, circula a
informação de que já conta c/ mais de R$ 20 milhões de investimentos e é
presidida pelo empresário Sr. Luiz Fernando Furlan, ex-Ministro o
empresário e ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
do Governo Lula. Um empresário que pula do desenvolvimentismo p/ o
ambientalismo de um instante a outro!!! Que lindo, fico emocionado!!! É
mole ou quer mais?!?!?!?!?! Dá-lhe "Banco do Planeta"!!!


Ah, vale jogar no ventilador o veto do Sr. José Serra ao projeto de lei nº
394/07 do Deputado Estadual Raul Marcelo que propunha "declarar como
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado de São Paulo o rio
Ribeira de Iguape". Tal projeto foi aprovado em todas comissões por qual
passou e aprovado pela Assembléia Legislativa de SP. Contudo, o compadrio
entre esse governador e o Deputado Estadual Sr. Samuel Moreira, figura
carimbada aqui do Vale do Ribeira, fez c/ que uma canetada passasse por
cima de todo um processo democrático. Quem perde, o Rio Ribeira e a
população do Vale que continua a mercê desses pseudo-representantes da
sociedade!!! A quem diga que o Sr. Samuel Moreira tem suas campanhas
financiadas pelo grupo Votorantim!!!!! Se realmente o for, era de se
esperar...


Creio que essas relações são confusas de entender e por isso tomei a
decisão de passar adiante minha indignação (mesmo conhecendo os riscos!) c/
a situação que vivemos aqui no Vale do Ribeira, um lugar aonde natureza e
cultura vivem em harmonia até o presente. Sobre o futuro, bem o futuro
dizem que a Deus pertence, mas sinceramente convém passar a acreditar que
muitos dos senhores citados acima querem assumir o papel de "Deuses" do
negócio "meio ambiente"...


Fora Votorantim! Fora Sr. Antonio Ermírio!!!! Nós não queremos vocês
aqui!!! Nós já dissemos isso nas cinco audiências públicas realizadas aqui
no Vale do Ribeira!!!!!!!!!!!!!!!


E parem com essa falsa campanha de "democratização cultural" que promovem
através desse tal "Instituto Votorantim". Querem democratizar a cultura?
Sugiro que vocês comecem pelo respeito a opinião das comunidades
tradicionais do Vale do Ribeira que já disseram não a Tijuco Alto!!! A
máscara cai, a cada dia...


Quer saber mais sobre a resistência contra Tijuco Alto:
http://terrasimbarragemnao.blogspot.com/


Quer ajudar? Assine a petição on-line contra a construção de barragens no
Rio Ribeira: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/635


Quer ver e ouvir nossa opinião? Assista o programa "Bola & Arte" da
emissora FizTV: www.fiztv.com.br/bolaearte (clicar no linque "vídeos",
depois, entre os quadrinhos que aparecem, clicar no programa 7.Está
dividido em duas partes! Os quadrinhos do programa que participamos são os
dois primeiros de cima, da esquerda p/ a direita, começando pelo segundo).


Quer ouvir um som em defesa do Rio Ribeira de Iguape? Depois de tanta
cólera, clique e relaxe:


Esquadrão Preto Velho - Música: MeioAmbienteMeioDeserto
http://www.myspace.com/esquadraodopretovelho


Abraços de um cidadão indignado e c/ energia de sobra p/ continuar...


Oxalá meu pai, vamos vencer!!!


Fernando Oliveira Silva.

A cada ano que passa, o consumo da humanidade supera mais rapidamente a capacidade de regeneração do planeta

Em 2007, no dia 6 de outubro, faltando quase três meses para o Reveillon, a humanidade já havia consumido todos os recursos naturais que o planeta seria capaz de repor naquele ano. Como estamos gastando cada vez mais rápido os recursos naturais, esse dia "D" acontece cada vez mais cedo. Em 1987, o ano do primeiro Ecological Debt Day, como é chamado o dia em que a humanidade passa a estar em débito em relação ao meio ambiente, ocorreu no meio de dezembro. Em 1995, ele pulou para o dia 21 de novembro. E no ano passado, chegou à marca histórica de 6 de outubro.

A pegada ecológica permite calcular qual é a área (em hectares) necessária para produzir tudo aquilo que consumimos e, ainda, absorver os resíduos desses processos, em um ano. A conta é feita considerando toda a quantidade de água e de espaço físico necessários para o plantio, pastagem, pesca etc.. Todo esse conjunto é chamado de "biocapacidade" do planeta, ou seja, a habilidade dos sistemas ecológicos de gerar recursos e absorver resíduos em um determinado período.

Em termos globais, hoje, precisaríamos de 1,3 planetas Terra para manter os atuais padrões de consumo, sem comprometer a capacidade de renovação da natureza. Naturalmente, o grande problema é que vamos continuar a ter apenas um, enquanto as demandas de consumo e a própria população não param de crescer.

No ano 2000, por exemplo, gastou-se no nosso planeta em compras de produtos ou serviços domésticos, mais de 20 trilhões de dólares, quatro vezes mais do que em 1960, quarenta anos antes. Porém, nesse mesmo período a população da Terra dobrou, o que significa que cada pessoa, em média, passou a consumir duas vezes mais.

Não é possível prever até que ponto a Terra será capaz de resistir aos avanços consumistas da humanidade, diz Brooking Gatewood, gerente da Global Footprint Network, responsável pelos cálculos da Pegada Ecológica da Humanidade. "Nós não temos uma estimativa de quanto tempo levará até um 'colapso ecológico' ou a exaustão da capacidade da Terra de regenerar os recursos. Isso é impossível dizer, mas nós podemos afirmar que nossas analises mostram que, se a humanidade continuar adotando o modelo de desenvolvimento e consumo atuais, nós precisaremos de 2 planetas Terra em 2050, para prover os recursos que demandaremos", afirma Gatewood.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"Ajude a Destruir o Planeta"

Nesse texto polêmico e poderoso, Otávio Leal aponta a ferida causada no planeta por quem é carnívoro. Reflita e passe adiante (ainda é tempo).

Você que está lendo este artigo deve ver com indignação todas as atrocidades e falta de respeito com que alguns pseudos seres humanos tratam o planeta e a natureza.
A destruição da Amazônia, as queimadas, a total incompetência dos chamados dirigentes ou políticos.

Centenas de árvores estão sendo destruídas nesse exato momento e como todos sabem, as árvores são responsáveis pelo oxigênio do planeta e sem elas não poderíamos viver. Quando destruímos as árvores estamos também matando os animais que vivem nelas e liberando o dióxido de carbono, acelerando o efeito estufa e conseqüentemente destruindo nosso futuro.

Porque destruímos tanto as árvores? É para criar mais moradias? Não. É para criar pastos para a criação de gado. Todas as florestas estão sendo destruídas no ritmo de meio hectare a cada 5 segundos, para que muitos comam cadáveres (carne de gado).

Quando alguém come um hambúrguer é responsável pela destruição de 5 metros quadrados de floresta tropical. As pessoas que vêem as florestas sendo destruídas e comem carne, também são responsáveis por isso, além disso todos sabemos que a falta de água será um problema tão grande que poderá haver guerras por água e também, por isso é que hoje milhares de pessoas morrem. Por falta d'água.

Você sabe quanto de água é necessário para se criar um único bezerro? O suficiente para fazer flutuar um navio médio. Uma vaca, num gole bebe até 2 litros de água. Num dia, bebe 100 litros. Para produzir 1 Quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. 1 kg de tomate com 200 litros de água.

Pode se pensar no incompetente "Governo" que te diz para não lavar o carro ou não tomar banho - Isso também é importante mas para você poupar realmente água, NÃO coma bicho morto (carne). Você sabia também que a indústria que mais consome energia elétrica é a do gado?
Você se preocupa com a fome no planeta? Se preocupa que hoje 980 milhões de pessoas vivem num estado de miséria absoluta, que 70 milhões de pessoas morreram no ano passado por inanição e que isso deve piorar se não mudarmos nossos hábitos?

O mesmo acre que produz 120 quilos de carne de boi pode produzir 20.000 quilos de batata; meio quilo de carne produziria 8 quilos de cereais. Isso é a diferença entre alimentar 1 pessoa e 160 pessoas.
Um acre pode alimentar vinte vezes mais pessoas se todas fossem vegetarianas. Cerca de 70 crianças morrem de fome todos os dias e nós temos condições de mudar isso se os comedores de putrefatos (carne) diminuíssem em 10% sua dieta assassina. Isso seria suficiente para alimentar crianças, homens e mulheres que no momento em que você lê esse artigo estão morrendo de fome com dores terríveis.

Sabia ainda que a quantidade de solo arável está diminuindo numa velocidade assustadora, devido a produção de carne e isso pode até acabar com a nossa capacidade de vivermos no planeta?

Se você vai naquela coisa nojenta chamada açougue, saiba que por trás do que se compra lá, está escondida a destruição de florestas, o alimento e a água dos nossos filhos e a extinção de várias espécies.
Não pense que sua decisão não fará diferença - fará muito - as pequenas mudanças no planeta hoje, tem conseqüências gigantes a longo prazo. Divulgue esse texto. Coloque-o na Internet. Faça algo.
Pense ainda nos animais. Será justo de nossa parte dar morte violenta e cruel a animais pacíficos?

Se você acredita que eles não tem morte violenta não leia mais este artigo pois você não tem cultura para entender nada do que estou escrevendo. Vá ler a revista Caras ou assistir ao Big Brother. Se você acredita que os animais são inferiores a nós deve acreditar também que a Terra não é redonda.

Os porcos são, por exemplo, criados em total confinamento, no meio do lixo, presos, sem higiene e engordados artificialmente, inclusive recebendo hormônios e antibióticos. Quanto ao gado eles são mantidos em jaulas, sem liberdade. Mais de 80% dos abates ocorrem sem nenhum tipo de fiscalização sanitária; há pouco tempo no Rio Grande do Sul descobriu-se patas e rabos de rato em lingüiças.

Olhe nos olhos dos animais quando eles são assassinados, marretados nos abatedouros que são do 50% no Brasil ( os outros são sangrados vivos) por "homens covardes" e veja um raio de luz através do qual a vida deles olha para fora e para cima, em direção ao grande poder do nosso domínio sobre eles, e pede por amizade.

Como você pode aceitar colocar dentro de você um animal que viajou centenas de quilômetros a pé ou apertado na carreta de um caminhão (dirigido por um "homem") , sem água ou qualquer alimento. Ao chegar no local do abate ficam de 2 a 4 dias no pátio do matadouro, recebendo apenas água e sofrendo por antever o futuro...

Na hora do sacrifício, os animais são empurrados por um longo corredor apertado e ficam desesperados, horrorizados, tentam fugir, tentam lutar pela própria vida, mas no final do corredor lhe espera um "homem" que lhe golpeia com uma marreta na cabeça ou um disparo na testa com um pistola de ar comprimido o animal fica fraco, tonto, cai com os olhos abertos, mas logo é suspenso por um guindaste enquanto ele ainda se debate por liberdade saem lágrimas nos olhos quando é finalmente degolado vivo. Seus olhos ficam vazios.

Nesse ponto os "homens" usam as facas e o animal deixa de existir, para que poucos comam sua carne e para as fezes e o sangue poluírem os rios.Visite um matadouro. Pense que se os animais falassem, diriam:
- Deixem-me vivo. Parem de me matar. Olhem nos meus olhos.
Você quer então ajudar a salvar o planeta? Não quer se sentir responsável pela morte de crianças? Quer preservar as árvores e o solo?
Então mude sua alimentação. O seu poder de fazer a diferença está em suas mãos quando for no supermercado, restaurantes ou na sua cozinha. Você não precisa sair por ai e salvar a vida de alguém. Você pode fazer isso somente alterando sua alimentação e é claro tendo muito mais saúde e disposição. Quanto aos benefícios de uma dieta sem carniça (carne vermelha), leia a respeito mais já saiba de antemão que cientistas confirmam ser a carne responsável por doenças do coração, câncer no intestino, diminuição do apetite sexual e muito mais.

Obs: A Argentina ERA o maior consumidora de carne do planeta, hoje muitos não tem o que comer. O Brasil é o 4º consumidor e tem 172 milhões de cabeças de gado bovino.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Novo método para reciclagem na Construção Civil é apresentado

Um novo método para aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição (RCD), 50% mais barato e com consumo de energia 80% menor. Esse é o principal resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da USP (Poli/USP), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O novo método dispensa a britagem do material a ser reciclado, o que barateia o processo e torna viável a instalação de pequenas usinas de reaproveitamento dos RCD. O método é tão inovador, que está sendo patenteado.

Segundo o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, um dos integrantes da equipe que realizou o estudo, a tecnologia desenvolvida possibilita que usinas de reciclagem simplifiquem a produção de matéria-prima para bases e sub-bases de pavimentação a partir de resíduos da construção civil. "Atualmente, a reciclagem de RCD passa necessariamente pela britagem (quebra dos resíduos em pedaços pequenos, com no máximo 63 milímetros de diâmetro)", explica. "Isso encarece o processo, pois o britador representa mais da metade do investimento total da montagem de uma usina de reciclagem. O novo método reduz os investimentos iniciais e simplifica a operação das centrais de reciclagem, o que torna viável um maior número de centrais de reciclagem públicas ou privadas."
Aplicações
A nova tecnologia está baseada nos resultados de uma pesquisa com amostras representativas de resíduos coletados em três cidades: Macaé (RJ), Maceió (AL) e São Paulo (SP). "Coletamos 20 toneladas de resíduos dessas três cidades", explica John. "E constatamos que cerca da metade dos resíduos tinha tamanho inferior a 63 milímetros; ou seja, poderiam ser aplicados diretamente na composição de pavimentos, sem necessidade da britagem", acrescenta. Esta constatação levou a equipe a propor uma forma extremamente simples de transformar resíduos em agregados: separação manual do material indesejável ao processo, seguido de peneiramento na bitola de 60mm e de uma nova remoção manual dos contaminantes (madeira, papel, cerâmica), remanescentes da fração abaixo de 63mm, que será comercializada como agregado de pavimentação.
Segundo John, o novo método poderá ser aplicado em ambientes urbanos e adotado por prefeituras, cooperativas ou empreendimentos privados. "A redução dos investimentos iniciais, dos custos e da complexidade de operação facilita a introdução da reciclagem, inclusive porque reduz os riscos. Assim, esperamos que essa tecnologia possibilite a ampliação do número de usinas e a margem de lucro desse novo negócio", ressalta. Em conseqüência, evita-se a deposição ilegal desses resíduos nas margens de ruas e rios, reduzindo os impactos ambientais, além de minimizar os gastos das prefeituras com a gestão deles.
A nova tecnologia tem várias outras vantagens, a exemplo da redução do consumo de energia elétrica (60 a 80%) em relação ao sistema de reciclagem tradicional com britagem. "O novo método também torna possível a implantação das usinas nas proximidades do mercado consumidor, o que significa menores distâncias de transporte, que corresponde a dois terços do preço final do produto", diz. Outra vantagem é que o sistema reduz de forma significativa a emissão de material particulado e principalmente de ruídos na operação de britagem. Assim, alternativas de desenvolvimento sustentável são incentivadas.
Além do professor Vanderley John, entre os pesquisadores da Poli também participaram da pesquisa o professor Artur Pinto Chaves e a pesquisadora Carina Ulsen, ambos do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, e os pesquisadores Francisco Mariano Sérgio Ângulo (atualmente no do IPT).


Atenta aos efeitos negativos que os resíduos de suas obras podem causar à natureza, Emplavi separa os materiais recicláveis e os comercializa.

Brasília - O cuidado com o meio ambiente tornou-se um assunto relevante entre os diversos setores da economia. Aos poucos, a sociedade e as empresas passam a incorporar práticas que favorecem o desenvolvimento sustentável.

Só para se ter uma idéia, o setor de construção civil é um dos que mais gera resíduos. Encontrar formas de minimizar o impacto no meio ambiente é, de certa forma, uma preocupação desse segmento como um todo. A Resolução nº 307 de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), criou uma metodologia de segregação de resíduos sólidos gerados nos canteiros de obras para reciclagem dos mesmos.

A Emplavi, por exemplo, busca alternativas para diminuir os efeitos negativos que a grande quantidade de resíduos causa à natureza. A construtora separa os resíduos provenientes das obras por classificação. De acordo com gerente de engenharia da Emplavi, Walter Segond, no canteiro de obras, há contêineres para realizar essa segregação. Os resíduos que podem ser reciclados, como plásticos, madeira, papelão, vidro, metais, entre outros materiais são repassados para as indústrias de reciclagem. "Com isso, o meio ambiente ganha e a empresa também. Os recursos provenientes da comercialização desses materiais são utilizados para a realização de eventos internos promovidos pela empresa.

Os resíduos das outras categorias, contudo, como concreto, argamassa, tijolos, gesso, tintas, solventes e óleos ainda não possuem um espaço pré-destinado e acabam sendo descarregados nos lixões. Mas o setor já pleiteia junto ao governo uma área no Distrito Federal para o armazenamento final dos resíduos coletados, já segregados, e a sua reciclagem.

Além de reciclar seus resíduos, a construtora utiliza materiais que podem ser reaproveitados em outras obras. "Os tapumes que cercam o canteiro são metálicos e podem ser reutilizados em futuras obras", conclui Segond.

Perfil da Emplavi - A Emplavi já entregou, até hoje, mais de 23 mil imóveis no Distrito Federal rigorosamente no prazo. Entre seus principais empreendimentos já entregues, destacam-se o Mix Park Sul (SGAS 910), Omega Center (CCSW 5), Summer Park (SGAS 910), Master Place e Park Ville (SGAN 912), Residencial Porto Feliz (CCSW 3), Residencial Bela Vista (CCSW 3), Montserrat (QMSW 5), Top Master (CCSW 4), Le Monde (Águas Claras) e Vital Brasília (710/711 Sul).

sábado, 3 de maio de 2008

TSUNAMI, um evento normal da natureza

Autor: Prof. Jorge Paes Rios = Mestre em Recursos Hídricos pela Universidade de Grenoble - França. FONTE: http://www.profrios.kit.net/html/artigos/tsunami.htm

Todos sabem [quem não sabia ficou sabendo agora] que a Tsunami é um fenômeno normal na natureza e essa última de 2004, no Oceano Índico, com apenas 10 metros de altura não foi, nem será, a maior que já aconteceu.

A conhecida erupção do Cracatoa gerou uma tsunami de 50 m de altura.

Alguns dizem que a maior tsunami que deixou algum vestígio na Terra foi aquela causada pelo meteoro que impactou o Golfo do México gerando uma onda de 1.000 m de altura.
Outra onda famosa foi a que resultou da explosão do vulcão existente em Santorini, na Grécia, que partiu a ilha ao meio, e que teria acabado com a antiga cidade de Alexandria e só recentemente estudada pelos arqueólogos e geólogos.

Como todo evento natural [ enchentes, terremotos, furacões, avalanches, tornados, erupções vulcânicas, etc...] a tsunami pode ser estudada estatisticamente pelo homem, que inventou a estatística [depois os políticos aliados aos economistas inventaram como mentir com a estatística] .


Sendo assim, o pior evento está sempre por acontecer ainda que a probabilidade seja pequena.

Assim é que no Pacífico a ocorrência de tsunamis com ondas de 100 m de altura é calculada para um período de recorrência de 1.000 anos e, evidentemente, para ondas maiores diminui a freqüência de ocorrência aumentando a probabilidade para ondas menores.
Eu , particularmente, não sei quais as probabilidades de ocorrência no Oceano Índico, apesar de já ter freqüentado suas praias mas na época não estava nem preocupado com isso.

Por exemplo, um estudo estatístico fixa em 60% a probabilidade de ocorrer o famoso terremoto chamado de "The Big One" na Califórnia nos próximos 40 anos. É lógico [lógica estatística] que quanto mais tempo se passar mais próxima fica a provável data de ocorrência. Assim como é lógico [lógica física] que o número de mortos deverá ser enorme, pois as pessoas sempre acham que não vai ocorrer com elas e por isso [falta de lógica] continuam construindo naquele local condenado "a priori" apesar das probabilidades de ocorrência do evento serem altas. O agricultor sempre volta a habitar as encostas férteis dos vulcões mesmo sabendo que vão ocorrer outras erupções.

Devemos, portanto, distinguir bem entre o fenômeno natural e as conseqüências do mesmo, causadas muitas vezes pelas inconseqüências dos homens. Saturnino de Brito diz em seu livro sobre controle de enchentes: " Todos chamam os rios de violentos mas ninguém acusa de violentos os homens que comprimem suas margens com suas construções."

Recentemente, no verão de 2004, num curso de Hidrologia, no Clube de Engenharia e também no CEFET-RJ, mencionei o fato de que devido a situação das encostas, bastaria uma chuva excepcional para termos desastres com vítimas fatais em Angra dos Reis e em Teresópolis. Na semana seguinte ocorreram chuvas fortes em Angra que mataram cerca de 80 pessoas. Enviei um e-mail para os alunos dizendo que só faltava Teresópolis, pensando em ocorrências anuais. Para azar da população uma chuva forte ocorreu logo na semana seguinte na serra de Teresópolis com mais umas dezenas de mortos. Não é preciso bola de cristal para prever o que vai acontecer toda vez que chover forte na Baixada Fluminense, por exemplo, onde parte da população vive no que eu chamo literalmente de Holíndia, abaixo do nível do mar como na Holanda e com infra-estrutura igual ou pior do que a da Índia. A estudada e conhecida enchente de 1966 tida como a maior dos últimos cem anos que arrasou a Cidade do Rio de Janeiro e causou, além das mortes, graves transtornos e prejuízos à população causaria, nos dias de hoje, efeitos muito mais devastadores devido ao aumento da ocupação desordenada do ambiente urbano. Nesse caso não adianta nem rezar, pois a próxima cheia acontecerá, queiram ou não os políticos, pois se trata de fenômeno normal da natureza. Só nos resta calcular a freqüência e o período de recorrência respectivo.

A tsunami de 2005 que atingiu vários países da Ásia nos remete à famosa polêmica entre Voltaire e Rousseau, após o terremoto de Lisboa, em 1775, que matou cerca de 25% da população da cidade. Isto correspondeu, na época, a cerca de 60.000 a 75.000 mortes numa única onda que invadiu o estuário do rio Tejo. Atualmente, com a ocupação urbana contínua da margem direita do Tejo, de Cascais à Vila Franca de Xira, passando por Lisboa e ainda da margem oposta com Cacilhas e arredores, o desastre em número de mortos seria muito maior para a mesma altura de onda de cerca de 30 metros. Não é à toa que, de vez em quando, eu me assustava mesmo com pequenos tremores de terra quando eu lá morava em Paço d'Arcos, Concelho de Oeiras, próximo ao Estoril, à beira do dito cujo rio. Da mesma forma ficava assustado quando, trabalhando na belíssima República Dominicana, era obrigado a ficar monitorando pela televisão a aproximação e a trajetória de um furacão.

Rousseau, na famosa polêmica com Voltaire, corretamente isenta a mãe natureza, ao dizer que "não foi a natureza que, numa área relativamente exígua, reuniu 20.000 casas de seis ou sete andares no centro de Lisboa".
Como disse um jornalista sobre a natureza: "Podemos imputar vários adjetivos à mãe natureza, mas gentil não é um deles.Termos que a definem melhor são: bruta,amoral e indiferente" .

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Boicote a Dove

Banho anti-ecológico
Enquanto você se ensaboa com um sabonete Dove, a floresta de Borneo e seus orangotangos sofrem do outro lado do mundo.
Juntos podemos fazer muito mais!!!!
Florestas de Borneo estão sendo destruídas para produzir óleo de dendê 23 de Abril de 2008

Orangotangos e outras espécies ameaçadas sofrem com a exploração de plantações de dendê (palma) nas florestas tropicais de Borneo, na Indonésia.

Jacarta/Cingapura, Indonesia -- Fornecedores da Unilever envolvidos com queimadas. Greenpeace pede moratória para conversão de florestas e de solos de turfa.
O Greenpeace lançou nesta semana o relatório Queimando Borneo (arquivo em PDF para baixar, texto em inglês), expondo os impactos negativos da produção de dendê para as florestas da Indonésia e para os orangotangos que vivem na região. De acordo com o relatório, a Unilever, a empresa por trás de algumas das marcas mais conhecidas do mundo, como a Dove, contribui com o panorama de destruição, já que compra dendê - matéria-prima do sabonete Dove - de fornecedores que destroem as florestas alagadas de turfa para cultivar a palmácea. Esses ecossistemas não são importantes apenas para os orangotangos e outras espécies ameaçadas, mas também para a estabilidade do clima, pois estocam grandes quantidades de carbono.

"É uma loucura continuar destruindo nossas florestas para produzir dendê", disse Hapsoro, da campanha de Florestas do Greenpeace no Sudeste da Ásia. "Uma das demandas que temos feito repetidamente é para que o governo da Indonésia declare uma moratória na conversão de florestas e de solos de turfa para o plantio de dendê. Estamos destruindo nosso patrimônio ambiental para fabricar sabonetes e shampoos. Traders e consumidores de óleo de dendê devem parar de comprar matéria-prima de empresas envolvidas com a destruição florestal".

A devastação das florestas na Indonésia está acontecendo em um ritmo muito maior do que em qualquer outro lugar do mundo, tornando o país o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa do planeta.
A preparação da terra para novos cultivos de dendê libera grandes quantidades de dióxido de carbono com a drenagem e posterior queima dos solos de turfa. Sozinhas, estas áreas são responsáveis por 4% das emissões globais de gases do efeito estufa.

O relatório também expõe o efeito devastador para a biodiversidade do crescimento da indústria de dendê. O número de orangotangos caiu de forma tão dramática que a espécie está correndo risco de extinção (3). O Greenpeace mapeou áreas controladas por fornecedores importantes da Unilever, mostrando como empresas com relação direta com a multinacional estão derrubando os últimos habitats dos orangotangos.

"É chocante que a Unilever, um dos maiores consumidores de óleo de dendê e presidente da Mesa Redonda do Óleo de Dendê (RSPO, na sigla em inglês) - uma iniciativa da indústria para assegurar a sustentabilidade na produção de óleo de dendê, não está fazendo nada para que seus fornecedores parem de destruir as florestas da Indonésia", disse Sue Connor, do Greenpeace Internacional. "A menos que a Unilever assuma sua responsabilidade, os orangotangos podem desaparecer para sempre em alguns anos, assim como as nossas chances de evitar uma crise climática sem precedentes" .
Para o Greenpeace, a Unilever deve apoiar publicamente o fim da expansão do cultivo de dendê sobre as florestas e áreas de turfa na Indonésia e parar de comercializar com fornecedores envolvidos com a destruição florestal.

O Greenpeace espera que a indústria do dendê declare uma moratória imediata na conversão de florestas e áreas de turfa na Indonésia, de acordo com os seguintes critérios mínimos:

1. Nenhum novo plantio de dendê deve ser feito nas áreas de floresta mapeadas;
2. Nenhum plantio de dendê deve resultar em degradação das áreas de turfa;
3. Nenhum plantio ou expansão de dendê após novembro de 2005 deve resultar em desmatamento ou degradação das áreas de alto valor para a conservação;
4. Nenhum plantio ou expansão de dendê devem ser estabelecidos em terras indígenas ou áreas comunitárias sem o prévio consentimento das populações locais;
5. Sistemas de rastreamento e segregação devem ser implementados para toda a cadeia de custódia para excluir o óleo de dendê que não atenda a estes critérios.

Veja o video abaixo
http://br.youtube. com/watch? v=3dZvzFm72V4