quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ibama cria grupo de trabalho para Educação Ambiental

(Brasília - 25/02/2008) Foi assinada no ultimo dia 22 de fevereiro
pelo presidente do Ibama, Bazileu Margarido, a Portaria nº 147, que
institui um Grupo de Trabalho (GT) com a finalidade de propor as
medidas necessárias à institucionalização e execução das diretrizes de
educação ambiental (EA) no âmbito das ações do Ibama.

Os trabalhos do GT contribuirão para a definição do modelo
institucional que propiciará a transversalidade da educação ambiental
nas ações do Ibama. Isto visa garantir que a EA esteja presente em
todas as áreas do instituto por meio de núcleos de educação ambiental
em cada uma das Diretorias e, também, nas unidades descentralizadas,
sendo coordenadas pela administração central.

Historicamente, o Ibama vem contribuindo para a construção de
políticas públicas de EA desde o inicio da década de 1990. Portanto,
os trabalhos do GT são relevantes no sentido de apresentar subsídios
para reestruturar a EA no Ibama e, desta forma, propiciar a
continuidade da contribuição do instituto no subsídio para a
construção de políticas públicas de EA em
todo o país.

O GT tem 30 dias, prorrogáveis por igual período, a contar da data de
publicação da portaria, para concluir os trabalhos e apresentar o
relatório final.

Fazem parte do GT tanto pessoas que já trabalham com educação
ambiental no instituto quanto servidores recém ingressados na carreira
de analista ambiental, mas que possuem histórico de trabalho com
educação ambiental. Essa heterogeneidade é o diferencial para o
fortalecimento da EA no Ibama.

Os titulares do GT são: João Paulo Sotero (Diqua), coordenador do GT;
Helena Araújo (Diplan); Elizabeth Uema (Dilic); Genebaldo Freire
(Dipro); Elizabete Fonseca (Dbflor). Os suplentes são: Erismar Rocha
(Diqua); Liceros dos Reis (Diplan); Giuliana Barriguelli (Dilic);
Maria Magnólia Lins (Dipro); Ricardo Lopes (Dbflor).

Ascom
Ibama sede



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Heitor Queiroz de Medeiros

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

COTIA - Novo aeroporto coloca 789 espécies de animais em risco

A construção de um aeroporto na reserva florestal do Morro Grande, em Cotia, vai colocar 789 espécies de animais em risco. O alerta é da advogada ambientalista Renata de Freitas Martins, que escreveu um artigo sobre o tema.

A área está entre as 8 cotadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Comercial) para receber mais um aeroporto no Estado de São Paulo, como forma de contornar a crise aérea.

Em seu artigo, enviado à imprensa, a advogada afirma que o local escolhido integra uma área de 10.600,11 hectares recoberta por florestas, principalmente de mata Matântica, e é protegida pela lei estadual n.º 1.949/79, por corresponder à cabeceira do rio Cotia.

No local, existem hoje 108 espécie de abelhas, 461 espécies de borboletas, 18 espécies de sapos, 4 de largos e 198 de aves, além de mamíferos, ainda não quantificados, como gambá, tatu-galinha, sagüi, mico-estrela, bugio,
cachorro-do-mato, gato-do-mato, coati, mão-pelada, irara, veado, preá,
capivara, esquilo, ouriço-caixeiro, tapiti e lebrão, dentre outros. Algumas delas, incluindo 13 tipos de aves, já correm risco de extinção.

Ela ressalta ainda que o rio Cotia, que corta a área, faz parte do Sistema Produtor Alto Cotia, responsável pelo abastecimento de cerca de meio milhão de pessoas na região, segundo dados da Sabesp.

A região também foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo)pois representa uma das últimas massas florestais nativas da região metropolitana de São Paulo

Neblina e Orkut

A advogada ressalta ainda que a região tem um alto índice de incidência de neblina, o que pode inviabilizar vôos durante partes do dia.

Opositores ao aeroporto de Cotia também criaram uma comunidade no Orkut (site de relacionamentos da Internet) para ressaltar a importância da reserva do Morro Grande. O endereço é
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=44366840