sábado, 11 de agosto de 2007

Resumo das discussões apresentadas no Curso de Arborização Urbana


A importância da arvore.

A arborização exerce papel de vital importância para a qualidade de vida nos centros urbanos. Por suas múltiplas funções, a árvore urbana atua diretamente sobre o microclima, a qualidade do ar, o nível de ruídos, a paisagem, além de constituir refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidades.
Segundo alguns estudos, através da redução da incidência direta da energia e do aumento da umidade relativa do ar, a arborização pode contribuir para a redução de até 4ºC de temperatura, agindo decisivamente para atenuação das chamadas ilhas de calor, áreas de ocorrência das temperaturas mais elevadas durante o dia, especialmente nas zonas de maior poluição do ar.
Ainda com respeito à poluição, pode-se dizer que árvores colaboram na retenção de poluentes, no consumo do gás carbônico e na produção de oxigênio, contribuindo, assim, para a melhoria na qualidade do ar.
Além disto, as cortinas vegetais são capazes de diminuir em cerca de 10% o teor de poeira e obstruir a propagação do som, resultando na redução do nível de ruído.
Outros estudos ainda afirmam que a cobertura arbórea auxilia na manutenção do asfalto nas cidades, colaborando - em certa medida - para que as vias não contraiam tantos buracos, imperfeições e calombos. Este fator permite que as demandas por recomposição asfáltica diminuam, gerando economia de dinheiro público.
Versando sobre economia, ainda é possível provar que a convivência harmônica entre rede elétrica e as árvores - possibilitada em certa medida pela troca de sistema de redes – permite a redução de manutenção nas redes, menor número de podas, plantio de árvores de médio e grande porte e conseqüente ganho de cobertura vegetal e, portanto, qualidade de vida.
Acreditando nisso, nós participantes do I Encontro Paulista de Arborização Urbana - entendemos que:
1) Há necessidade de elaboração e implementação de uma Política Nacional de Arborização Urbana com o objetivo de subsidiar o manejo do verde urbano nos municípios brasileiros; Para a Política nacional de Arborização urbana foram feitos os seguintes destaques:
a) abertura de linhas de crédito pelo Ministério das Cidades para todos os municípios, inclusive para os menores de 50.000 habitantes;
b) o GRAPROHAB (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) deverá rever sua análise em relação a arborização urbana sob fiação;
c) implantação de viveiros nas microbacias
d)procedimentos para uso de resíduos de poda;
2) A elaboração do Estatuto do Verde Urbano é peça fundamental da Política Nacional de Arborização Urbana e deve ser elaborado por profissionais e instituições da área e de forma participativa. Para o conteúdo do Estatuto do Verde Urbano foram feitos os seguintes destaques:
a) destinação de recursos para pesquisas específicas em Arborização Urbana;
b) a legislação de parcelamento do solo, lei 6766/79, que se encontra em discussão na Câmara dos Deputados, deverá aumentar o tamanho das calçadas nos loteamentos, no sentido de prever espaço para árvore na frente dos lotes;
c) as secretarias de planejamento e de obras dos municípios devem estudar a implantação de novos projetos considerando as árvores urbanas;
iv) educação ambiental.
3) Há a importância e a necessidade da troca de experiências na área do assunto, através da continuidade de Encontros Paulistas sobre a Arborização Urbana;
4) Há a necessidade de divulgação para sensibilização da população de um modo geral dos benefícios e formas adequadas de manejo da arborização, através dos meios de comunicação e de ações educativas;
5) Criação e distribuição de um Manual/Guia de Arborização Urbana da SBAU;
6) O planejamento urbano deve considerar a destinação de espaços compatíveis no sistema viário para implantação de arborização;
7) É oportuno o envio de documento/carta deste Encontro para a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) dizendo da necessidade de normas técnicas para o manejo da Arborização Urbana no Brasil;
8) Devido ao alcance midiático existente nos lares brasileiros, principalmente pela mídia televisiva e seu produto “novela”, sugerimos que a SBAU contate os produtores das mesmas, no sentido de produzir personagens que tenham como mote a luta pelo meio ambiente e a educação ambiental.
Fizeram parte do encontro os seguintes municípios:
Americana, Amparo, Araraquara, Atibaia, Barretos, Bauru, Bernardino de Campos, Bofete, Boituva, Botucatu, Brotas, Caconde, Cajamar, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Cerquilho, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Diadema, Espírito Santo do Turvo, , Estiva Gerbi, Ferraz de Vasconcelos, Garça, Guarujá, Guarulhos, Holambra, Hortolândia, Ibiúna, Iepê, Indaiatuba, Iperó, Ipuã, Iracemápolis, Itapeva, Itararé, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jambeiro, Jaú, Jumirim, Jundiaí, Limeira, Lorena, Louveira, Macatuba, Mairinque, Miguelópolis, Mirassol, Mogi Mirim, Monte Mor, Nova Europa, Nuporanga, Orlândia, Palmital, Paulínia, Pedregulho, Pindamonhangaba, Piracicaba, Piratininga, Porto Feliz, Praia Grande, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Rosa de Viterbo, Santana de Parnaíba, Santo André, Santos, São Carlos, São João da Boa Vista, São José dos Campos, São Paulo, São Pedro, São Sebastião da Grama, São Vicente, Sertãozinho, Sorocaba, Sud Mennuci, Tarumã, Tatuí, Tietê, Torrinha, Tupã e Votuporanga. Curitiba (PR), Itapema (SC); Recife (PE) e Belo Horizonte (MG).
Agreçemos,
Renata

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny