domingo, 2 de maio de 2010

Aldo Rebelo, a Frente Nacionalista que quer modificar o Código Florestal e quem banca este falso comunista/socialista.

Ivan Valente grita “truco!” na orelha de Aldo Rebelo

Truco! Seis! Nove! Doze?

Os ruralistas, Aldo Rebelo (PC do B-SP) à frente, haviam convocado os
financiadores da SOS Mata Atlântica, como Coca-Cola, Unilever e
Bradesco, para deporem na Comissão de Meio Ambiente. Como a entidade
havia proposto a criação de uma lista de parlamentares exterminadores
do futuro por suas ações contra o desenvolvimento sustentável,
buscou-se uma forma de intimidação pública.

Através de requerimento do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP),
foi aprovada ontem, na Comissão Especial do Código Florestal,
convocação para ouvir as multinacionais que financiam a bancada
ruralista. De acordo com a assessoria de Valente, Aldo (que teve a
campanha irrigada por grandes empresas como a Votorantim e a
Caemi/Vale) propôs a retirada do requerimento sobre a SOS Mata
Atlântica assim que viu o que estava para acontecer. Mas, pelo menos
dessa vez, o Congresso ficou sem ver uma negociata, uma vez que o
deputado do Psol se recusou a retirar o pedido. Os dois requerimentos
foram a votação e acabaram aprovados. Tem gente que vai sentir o gosto
amargo do próprio veneno.

“Os mesmos que defendem tais mudanças na legislação ambiental são
aqueles que foram contra a Lei dos Crimes Ambientais. São os mesmos
que, além de defenderem quem sistematicamente descumpre a lei
ambiental – como recomendou a senadora Kátia Abreu –, fazem lobby
pesado junto ao governo pelo adiamento constante da entrada em vigor
do decreto que determina a recuperação da reserva legal, aplicando
sanções a proprietários que desmataram mais do que o permitido”,
afirmou Ivan Valente em nota. Para ele, é preciso deixar claro que
interesses estão por trás da atuação desses parlamentares.

Como já disse aqui anteriormente, fala-se de interesses externos de
olho no solo e no subsolo da Amazônia. Culpa-se as ONGs estrangeiras
que atuam aqui por isso. O problema é que parte da sociedade,
parlamentares incluídos, trata disso como se o monopólio da canalhice
residisse no terceiro setor, ignorando o que é feito por certas
empresas e representantes do Estado. Parlamentares raramente falam
sobre a degradação ambiental, social, trabalhista causada por grupos
estrangeiros e nacionais que têm interesse no tipo de “progresso” a
qualquer custo. A Amazônia, o Cerrado e o Pantanal já estão
internacionalizados. E não é de agora. A discussão travada hoje não é
pelo acesso aos recursos e sim pelo espólio.

As convocações foram feitas. Quem não tem cartas na mão e está apenas
blefando que se cuide. Quem sai ganhando com tudo isso? A sociedade,
que vai receber um banho de transparência.

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