quinta-feira, 25 de março de 2010

Comissão quer saber o Impacto do Rodoanel -Trecho Sul

ABCD Maior - 23/03/2010 - MEIO AMBIENTE

Consórcio quer saber o impacto do Rodoanel Sul
Por: Carol Scorce (carol@abcdmaior.com.br)

Comissão será criada para inspecionar compensações ambientais

O Subcomitê de Bacias do Consórcio Intermunicipal vai criar uma
comissão especial para inspecionar as compensações ambientais do
Rodoanel Mário Covas no ABCD. O subcomitê pretende também concluir no
prazo de um mês relatório que aponta quais ações firmadas em contrato
entre as prefeituras e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) estão
de fato sendo executadas, e o que poderá ser renegociado com o governo
do Estado.

A medida é consequência do consenso de integrantes das prefeituras e
também da sociedade civil e de ONGs (Organizações Não Governamentais)
de que as compensações não estão ocorrendo como combinado, e que a
Região, no final das contas, sai perdendo.

De acordo com o coordenador técnico de planejamento e gestão do
Subcomitê e também secretário de Meio Ambiente de Mauá, Sérgio Afonso
Pereira, mesmo sem o relatório pronto já é possível observar que há um
descompasso da Dersa entre as atenções dadas à finalização das obras
do trecho Sul do Rodoanel e as ações de mitigação dos impactos
ambientais da mesma.

“A Dersa segue leis federais que não permitem o replantio de mudas em
áreas urbanas. Para que as mudas destinadas às compensações sejam
plantadas, é exigido que as Prefeituras destinem grandes áreas,
recriando pequenas florestas. Essas áreas estão escassas na Região, e
estamos observando que, por isso, todo planejamento de compensação
está sendo deixado de lado”, disse Pereira.

Em Mauá, por exemplo, as compensações acordadas são o replantio de 97
mil mudas e a construção e manutenção de um viveiro. No entanto, além
do problema com a falta de áreas para o replantio, a Dersa não
disponibilizou o criadouro de sementes para a Prefeitura, inviabilizou
o treinamento de funcionários e respectivas contratações, e não deu
seguimento à construção da estufa, itens mínimos para o funcionamento
do criadouro de plantas.

No início deste mês, o subcomitê recebeu da Dersa relatório do que já
foi feito no ABCD. As informações serão cruzadas com as pesquisas
feitas pela entidade e, posteriormente, checadas pelos trabalhos de
campo. “Queremos garantir que a Região não será prejudicada. Não somos
nós que temos de pagar essa conta, e sim o governo do Estado.”

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