quinta-feira, 21 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cadeia Produtiva Insustentável

Que escolas, agências de publicidade, empresas e perfis de consumidores realmente estão colocando em prática atitudes de mudança no consumo em nome da preservação da vida? Visito faculdades, empresas e instituições que têm projetos ditos “sustentáveis”, mas que não passam das idéias. Dê-se o cuidado de parar nos corredores onde ficam os coletores de resíduos, por exemplo, e se olhar, com cuidado, verás que o plástico está no vidro, o vidro no alumínio, o alumínio no orgânico e por ai vai. Visite um supermercado, uma casa de material de construção civil ou uma loja de eletrodomésticos e terás o termômetro exato do quê continua sendo oferecido para atender às demandas de um modelo de consumo incentivado pela publicidade, ainda comprometida com o capital do século XX. O discurso continua distante da prática.

Mais do que entender os efeitos negativos provocados pelo Aquecimento Global e as grandes catástrofes verificadas nos últimos anos, está faltando ao Ser Humano entender, interiorizar, absorver, no coração, alma e cérebro, que a felicidade em Ser pode estar na busca do encontro com o outro. E que para isso é necessário caminhar nessa direção, enfrentar obstáculos, abrir mão de comportamentos egoístas, imediatistas, superficiais e meramente repetitivos, convencionais, para transgredir, subverter e quebrar regras milenares em nome da dinâmica natural das leis do Universo, com renovação, invenção, criatividade, compromisso e prazer em fazer.

Quando a didática de escolas públicas, particulares e comunitárias, passar a ter compromisso com a informação como instrumento de poder para a transformação, e não como subsídios estatísticos de não evasão ou aprovação de alunos para atender justificativas de recursos alocados em rubricas do Governo, poderemos estar no começo das mudanças que a Humanidade necessita para ir ao encontro de si mesma. Por enquanto continuamos registrando a lamentação de pais que se esforçam, se escravizam e se sacrificam, para tentar educar filhos, na formalidade convencional, onde investimentos feitos não apresentam retornos qualitativos no sonho de qualquer pai ou mãe: ver seu filho ou filha no caminho de estar a serviço de construções coletivas harmoniosas com o Universo, servindo ao outro.

Como uma filha poderá deixar de querer ter 100 pares de sapatos se a mãe compra um a cada novo mês?. Como um aluno poderá deixar de lanchar sanduíche de salsicha com coca-cola se a escola não tem uma cantina com alternativas alimentares ? Como uma faculdade poderá realmente propagar que tem um projeto ambiental que prega a sustentabilidade se os seus coletores seletivos ainda de plásticos, convencionais, não coletam seletivamente, como informa a plotagem? E mais que isso, se a própria instituição faz de conta que ensina para um aluno que também faz de conta que aprende? Como pode uma secretária do lar aprender a não desperdiçar alimentos se a própria dona da casa, na mesa familiar, enche o prato de comida e não come nem metade do que se serve? E como poderemos substituir o petróleo por energias alternativas se ainda vamos às lojas de 1,99 alimentar a paradoxal cultura chinesa que transita entre a conservação de tradições milenares, como o uso dos chás, e o crescimento rápido no uso de tecnologias de ponta para a produção de descartáveis?

Enquanto existirem ONGs, Institutos, Associações, Oscips e Fundações que precisem gastar, às pressas, rodos de dinheiro recebidos do Governo brasileiro ou de fora do Brasil, fazendo qualquer coisa para apresentarem seus relatórios técnicos de visibilidade duvidosa, convênios, contratos e acordos de parceria estarão sendo renovados a longo prazo, já que a burocracia é a grande inimiga da justiça social, perseguida, a sangue e suor, por quem verdadeiramente faz e não aparece na mídia.

Liliana Peixinho – DRT 1.430 - Jornalista, Ativista e Educadora Ambiental- Fundadora dos Movimentos Independentes AMA e RAMA www.amigodomeioambiente.com.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

"Estudo comprova que cobertura vegetal urbana melhora conforto térmico em residências" - Revista Sustentabilidade

por Dayane Cunha

Uma pesquisa feita em três regiões da cidade de São Paulo comprovou que a presença de vegetação urbana reduz a necessidade do uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado em residências, informou a Agência USP de Notícias, da Universidade São Paulo.

O trabalho foi apresentado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba, pela engenheira agrônoma Giuliana Del Nero Velasco, que sugere o plantio de árvores de grande porte no sistema viário para ampliar a redução de temperatura obtida com a cobertura vegetal.

O trabalho analisou áreas com diferentes densidades de vegetação na Zona Sul da cidade, a primeira com 3,72% de cobertura verde, a segunda com 11,71% e a terceira com 33,92%.

"Os locais foram escolhidos por geoprocessamento, a partir das imagens de alta resolução do satélite Ikonos II", explicou Velasco. "Após a aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e análise de mapas de clima já existentes, foi feito um levantamento de campo para confirmar os dados do sensoriamento remoto e definida uma amostragem de 100 residências em cada área”.

Em cada residência foram coletados dados sobre a cobertura vegetal, temperatura, umidade e, por meio de questionários, da presença de ar-condicionado e ventiladores. A concessionária de energia local forneceu informações sobre o consumo de eletricidade.

"Por fim, realizou-se o cálculo dos graus-hora de calor, que indica quantos graus de temperatura a mais precisam ser retirados do ambiente de forma artificial", completou a agrônoma.

No mês mais quente medido pela pesquisa (março), a área com menor vegetação apresentou 10 graus-hora de calor por dia, contra 3,91 graus-hora de calor da região com maior cobertura vegetal. A temperatura às 9 horas chegou a ser 2,14 graus maior que a região mais arborizada.

"Nessa área, a média de temperatura foi menor, o que resultou em um valor mais baixo de graus-hora de calor".

ÁRVORES

No mês de março, a área com menor cobertura vegetal chega a registrar um valor de 310 graus-hora de calor, enquanto a região mais arborizada teve 121,21 graus-hora de calor.

Os questionários aplicados na pesquisa também mostram que o número de aparelhos de ar condicionado e ventiladores é semelhante nas três áreas. A média de ventiladores varia de 1,81 a 2,04 aparelhos por residência e de ar-condicionado, de 0,18 a 0,29 aparelhos por casa.

"Com esses números, ainda não é possível estabelecer uma relação mais direta entre cobertura vegetal e consumo de energia, pois isso depende de outros fatores, como os hábitos de cada morador, a presença ou não dos aparelhos", explicou a agrônoma. "Mas o estudo deixa claro que a vegetação reduz a necessidade de se obter conforto térmico de forma artificial".

Giuliana recomenda a ampliação do plantio de árvores de grande porte nas calçadas. “A pesquisa mostra que maior parte da vegetação está dentro das casas”, apontou. “Apesar de sua importância, os padrões construtivos em São Paulo mudam facilmente, o que faz com que um terreno residencial dê lugar a um prédio de escritórios ou um estacionamento e as árvores no interior dos lotes sejam derrubadas”.

Segundo a engenheira agrônoma, os benefícios serão maiores com o plantio de espécies de grande porte e não de arbustos.

"Além de reduzir a temperatura, elas retêm poluentes, absorvem gás carbônico e reduzem o impacto das chuvas em maior escala, pois possuem copa e estrutura para isso”, ressaltou. "O impacto das árvores na rede elétrica pode ser reduzido com o uso de fiação compacta, que não implica em aumento de custos e evitam podas em excesso".

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mercado de crédito de carbono ganha manual

7/8/2008

Agência FAPESP – O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) lançou o
Manual de Capacitação sobre Mudança do Clima e Projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo. A publicação pode ser baixada gratuitamente pela
internet.

O manual será utilizado como material de apoio para os cursos do Programa de
Capacitação sobre Mudança do Clima e Projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), resultado de parceria do CGEE com a
Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O objetivo do programa é subsidiar empresas na elaboração de projetos de
mecanismo de desenvolvimento limpo e para apontar oportunidades de negócios
no mercado internacional de créditos de carbono.

O programa de capacitação teve início com experiências piloto em 2006, no
Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre. Depois de definidas a
metodologia e o formato, foram realizados, no ano seguinte, cursos em nove
cidades. Em 2008, o programa, que ao todo já contou com cerca de 420
participantes, promoveu um curso em Goiânia e outro em Curitiba. O manual
foi elaborado a partir da experiência dos cursos passados.

A intenção do CGEE é que o manual se torne uma referência para as
instituições acadêmicas do país interessadas na inserção de módulos de
capacitação sobre MDL.

Criado no Protocolo de Kyoto para reduzir emissões de gases do efeito
estufa, o MDL permite a compra, por parte dos países signatários do
protocolo, de créditos de carbono gerados por projetos de redução de
emissões executados nos países em desenvolvimento, para os quais as regras
existentes não impõem metas físicas de redução de emissões.

Os países desenvolvidos podem comprar créditos derivados de projetos de MDL
de países em desenvolvimento, como projetos de reflorestamento ou de uso de
energias de fontes renováveis. Os créditos de carbono criam um mercado para
a redução de gases do efeito estufa, dando um valor monetário ao esforço de
redução de emissões. A comercialização funciona por meio da compra e venda
de certificados de emissão dos gases.

Nesse contexto, segundo o CGEE, um dos principais objetivos do Manual de
Capacitação sobre Mudança do Clima e Projetos de MDL é mostrar que esse tipo
de projeto pode resultar em boas oportunidades de negócios internacionais.

Mais informações: <http://www.cgee.org.br/publicacoes/MudancaDoClima.php>
http://www.cgee.org.br/publicacoes/MudancaDoClima.php

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fiscalização retoma ações pela Operação Lagosta Legal

Brasília (21/02/08) – O Ibama iniciou no dia 18 deste mês a Operação Lagosta Legal 2008. O trabalho foi realizado no ano de 2007 em alguns estados do litoral brasileiro na tentativa de impedir a pesca predatória da lagosta. No ano de 2008, a fiscalização do estado da Paraíba, por exemplo, já conseguiu apreender um barco de pesca e um caminhão tipo baú, transportando tambores que seriam transformados em marambaias, um tipo de armadilha cuja utilização não é permitida na captura de lagostas. Tanto o proprietário do barco, como o do caminhão, foram autuados de acordo com a legislação. O barco de pesca ficou com o proprietário como fiel depositário, enquanto corre o processo e o caminhão encontra-se no pátio do Ibama/PB, à disposição da Justiça.

Em Sergipe, foi realizada uma fiscalização no mar com apoio da Polícia Federal, em que foram vistoriadas 13 embarcações. Na capital Aracaju, foi feita a vistoria de estabelecimentos comerciais. Apesar disso não foram encontradas irregularidades no estado. O trabalho continua e a próxima etapa será no mar, com o apoio da Capitania dos Portos.

Na Bahia, a Gerência do Ibama em Eunápolis também já apresentou resultados. As equipes constataram principalmente a tentativa de enganar a fiscalização com estoques declarados errados. No total foram declarados cerca de 16.400 kg, sendo que os fiscais encontraram cerca de 5.400 kg. Essa prática é usada para ‘’legalizar’’ lagostas pescadas durante o período de defeso. Na Capitania dos Portos do município de Porto Seguro, foi realizada uma ação conjunta com a Marinha do Brasil no dia último dia 18. O objetivo foi fiscalizar as licenças de pesca, petrechos proibidos, pesca ilegal da lagosta e outros ilícitos ambientais.

Ascom/Ibama

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Atenção,alerta!!!

Acabei de receber um emial muito legal que coloca uma duvida e um alerta sobre os movimentos de ONGS atuais.

Você consegue entender isso?
Porque tanto interesse das ONGs pela Amazônia?
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| Tabela | Vítimas da | Índios da Amazônia |
| | seca | |
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| Quantos? | 10 milhões | 230 mil |
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| Sujeitos à fome? | Sim | Não |
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| Passam sede? | Sim | Não |
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| Subnutrição? | Sim | Não |
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| ONGs estrangeiras ajudando | Nenhuma | 350 |
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Provável explicação:

A Amazônia tem: ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e
ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior
biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios
estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam 14 trilhões de dólares.

O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras
ajudando os famintos.

Tente entender:

Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia
brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a
sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as
minas terrestres.

Agora uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?

É uma reflexão interessante.