sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Guerra pela água


Autor: Gil Portugal

Da água, do oxigênio, do carbono e do Sol, com o auxílio dos demais minerais, depende toda a vida, em forma de flora e fauna, do Planeta.

A água está presente em todos os organismos vivos e é essencial aos seus metabolismos.
O homem não resiste se privar de água por mais de 48 horas. Logo, ter água para a satisfação das necessidades biológicas é caso de vida para o homem e, nem por isso, ele pára de conspurcá-la. A guerra pelo petróleo já é uma realidade. Toda vez que os países da OPEP fecham as torneiras é um rebuliço mundial. A economia mundial sofre reflexos de imediato e todos nós sentimos nos bolsos. Toda vez que há conflitos lá pelas bandas do Golfo Pérsico, os E.U.A. e aliados deslocam suas frotas guerreiras, visando proteger seus tradicionais fornecedores e resgauardar seus investimentos na região. Da mesma forma que o grande filão de petróleo é aquela região, o grande filão de água doce está mesmo é por aqui. É muito rara a quantidade de água doce total no Planeta, e mais rara aquela que está facilmente retirável para uso, ou seja, em rios, lagos e nos subsolos não muito profundos. Acontece que 1/5 dessa água doce disponível está na Bacia Amazônica, sendo, portanto, inacessível até para nós brasileiros, proprietários de praticamente toda a Bacia Amazônica e que estamos longe dela. A floresta é a grande fábrica de água doce, visto que é responsável por grande parte do ciclo das águas doces das chuvas e principalmente pela capacidade de reter a água e fazer com que os lençóis freáticos sejam abastecidos e também os mananciais (rios e lagos). Se hoje já se pensa em buscar a água doce, considerada inacessível, nas geleiras dos pólos, a um custo exorbitante, chegará a hora em que o mundo, sedento, virá buscar água na Bacia Amazônica e o Brasil, sendo a “OPEP” das águas doces, terá que reforçar suas estratégias para que não seja surpreendido por invasões ou mesmo dominações alienígenas que venham a influenciar em sua soberania territorial. Não é atoa que é voz mundial que a Floresta Amazônica é intocável. O Mundo sabe da importância dessa intocabilidade, já vendo o futuro, não muito longínqüo. Enquanto isso, o que temos mesmo que fazer, nós brasileiros, é gerenciar muito bem nossas bacias hidrográficas que estão próximas de nós, a fim de que possamos ter água “guardada” na Bacia Amazônica por muito tempo, como fonte de sobrevivência e quem sabe, como fonte de divisas. Não é assim que os americanos procedem com o petróleo que têm no Alasca, guardando-o como reserva estratégica?

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